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A confusão entre Rodrigo Amorim e estudantes da PUC-Rio em sabatina

Deputado estadual afirmou que alunos eram "drogados lobotomizados" após ser vaiado

Por Mafê Firpo Atualizado em 16 set 2024, 20h00 - Publicado em 16 set 2024, 17h50
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  • Rodrigo Amorim (União Brasil), candidato a prefeito no Rio de Janeiro, causou um tumulto no campus na PUC-Rio nesta segunda-feira, 16. O político foi para uma sabatina na Universidade, mas não foi bem recebido pelos alunos, que levantaram cartazes da rua em homenagem a Marielle Franco gritando “na PUC, racista não se cria”. O deputado estadual, então, começou a lançar uma série de ofensas aos estudantes, dirigindo-se a eles de maneira agressiva. Em certos momentos, Amorim pegou o microfone e subiu em cima da mesa, disparando xingamentos à plateia.  “Vocês são usuários de drogas, socialistas de Iphone custeados pela mamãe e pelo papai. Há um constrangimento da direção da PUC de enxergar essa quantidade de vagabundos… marginais disfarçados de estudantes”, gritou em um dos vídeos enquanto era vaiado.

    Em outro vídeo que a coluna GENTE teve acesso, é possível ver o candidato discutindo com um aluno enquanto a plateia gritava “Fora Amorim”. Já em outra gravação, o deputado também troca ofensas com um estudante e chega a afirmar que ele seria “assassinado pelo Hamas” por ser homossexual.  Amorim depois se dirige ao público e continua o discurso de ódio. “É impressionante que essa é a democracia da PUC, que deveria ser uma das maiores instituições de ensino superior do Brasil, se transformou nesse antro comunista com jovens usuários de drogas… eles estão sob o efeito de drogas, estudantes lobotomizados sob o efeito de drogas”, disparou.

    Amorim chegou na PUC por volta das 14h30 e, mesmo sendo vaiado, se recusou a sair do local. “Alunos se manifestando pacificamente, ele agredindo verbalmente com ofensas racistas, homofóbicas. A saída está livre, mas ele não sai porque ainda tem bateria pra fazer mais cortes pras suas redes”, disse Ítala Maduell, professora da PUC-Rio, à coluna GENTE. Reunida com outros estudantes desde cedo, a estudante de graduação Helena, 21 anos, disse que já era esperado que o deputado reagisse dessa maneira. “A recepção foi bem forte. Absurdo! É um cara abertamente fascista que aparece em uma faculdade na qual o nome do DCE é Marielle Franco. Ele quer atenção e gosta de sair de vítima”, desabafou.

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