De São Petersburgo – Não se deixe enganar pela imagem. Está não é uma árvore de Natal, mas sim de Ano Novo, com o iluminado Palácio de Inverno de São Petersburgo ao fundo. Na Rússia, segundo as pesquisas mais recentes, apenas 0,33% da população é católica, enquanto a maioria (73,63%) segue a Igreja Ortodoxa. Para estas pessoas, 25 de dezembro é apenas mais um dia. No entanto, as duas maiores cidades russas, Moscou e São Petersburgo, reluzem desde o início do mês, à espera de 2018, o ano em que o país abrigará a Copa do Mundo.
A Igreja Ortodoxa segue o calendário juliano, atrasado 13 dias em relação ao gregoriano. Por isso, o Natal na Rússia é celebrado em 7 de janeiro. A maior festa, porém, é mesmo o Ano Novo.
Durante a era soviética, quando o ateísmo era incentivado, as celebrações de Natal foram banidas e os símbolos como a árvore, as luzes, a troca de presentes e as comidas típicas passaram a ser celebrados na virada do ano. Há até um Papai Noel próprio, o Ded Moroz (Pai Geada), de origem eslava, que na maioria das representações veste roupa azul e não vermelha.
Entre o início da Revolução Russa e o fim da União Soviética, os ortodoxos mais fervorosos celebravam escondidos no dia 7 de janeiro. A partir de 1991, o Natal ortodoxo foi oficializado como feriado nacional. O presidente Vladimir Putin, inclusive, é um entusiasta das celebrações. Mas a maioria da população segue valorizando muito mais o Ano Novo, quando as famílias efetivamente se reúnem para celebrar, trocar presentes – e comer muito.
Tabela completa de jogos da Copa do Mundo 2018
Na Rússia atual, a segunda religião mais seguida é o Islamismo, com 10, 19%; enquanto 12,3 se declaram sem religião. Mas, mesmo com a neve e com o vento cortando a pele, não há quem resista ao desejo de tirar uma boa selfie em frente às exuberantes decorações natalinas. O show de luzes encanta a todos, independente da fé.