The Idol, série inédita da HBO que ganhou popularidade devido às polêmicas nos bastidores, finalmente ganhou uma data de estreia. A produção estrelada por Lily-Rose Depp (filha de Johnny Depp com a atriz francesa Vanessa Paradis) e o cantor The Weeknd chegará em 4 de junho à HBO e ao catálogo da HBO Max. O trailer revelado nesta segunda-feira, 17, mostra que o criador e diretor Sam Levinson (Euphoria) abusou do uso de nudez e tensão sexual na produção. Nas imagens, Jocelyn (Lily), uma jovem cantora que sonha em se tornar a estrela do pop mais sexy do mundo, aparece com os seios à mostra quase o tempo inteiro e protagonizando sequências picantes com o empresário Tedros (Weeknd, que também é um dos criadores da série). O personagem é dono de uma boate e foi divulgado anteriormente também como ex-líder de uma seita.
Em março, cerca de treze profissionais de The Idol relataram um clima pesado por trás das câmeras à revista americana Rolling Stone. Entre os absurdos estaria uma suposta romantização do estupro por parte da direção e roteiro de Sam Levinson. A série havia sido encomendada para novembro de 2021, mas passou por uma reformulação quando tinha 80% das gravações finalizadas pela então diretora Amy Seimetz, que acabou substituída por Levinson. Na época, a HBO informava que a produção passaria por revisão. O novo showrunner refez a obra do zero, atrasando o lançamento. Co-criador da série, The Weeknd não gostava do fato de que The Idol estava ganhando uma perspectiva muito feminina, com a história centralizada em Jocelyn como vítima da indústria exploradora.
Sob o comando do diretor de Euphoria, a série teria pesado a mão no conteúdo sexual perturbador, principalmente na nudez. Houve relatos também de rascunhos de cenas glamorizando a violência, como uma em que o personagem Tedros bate no rosto de Jocelyn, que pede para ser espancada, deixando Tedros excitado. E outra com a jovem sendo obrigada por Tedros a carregar um ovo dentro de sua vagina — caso quebrasse, o líder da seita se recusaria a estuprá-la (o que ela queria). As sequências foram descartadas, mas não por pudor politicamente correto — aparentemente, somente devido à dificuldade para gravar a tal peripécia com o ovo.