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“Não tenho nada a esconder”, diz Marcelo Tas sobre CPI das Pirâmides

Apresentador teve sigilo bancário quebrado junto a Tatá Werneck e Cauã Reymond devido a comerciais feitos para a empresa de criptomoedas Atlas Quantum

Por Thiago Gelli Atualizado em 13 Maio 2024, 22h35 - Publicado em 24 ago 2023, 17h26
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  • Na noite desta quarta-feira, 23, o apresentador e humorista Marcelo Tas se pronunciou à bancada do Jornal da Cultura sobre ter sido intimado e tido seu sigilo bancário quebrado pela CPI das Pirâmides Financeiras, declarando que não tem nada a esconder e que se dispõe à CPI. A intimação veio do deputado paulista Paulo Bilynskyi, do Partido Liberal (PL), que também exigiu as informações de Tatá Werneck e Cauã Reymond.

    O trio de famosos fez parte de campanhas publicitárias da empresa Atlas Quantum, do mercado de criptomoedas, acusada pela CPI de aplicar golpes avaliados em mais de 7 bilhões de reais sobre aproximadamente 200.000 investidores. Tas, por sua vez, também realizou uma entrevista patrocinada com os donos da empresa.

    Para o apresentador, convocar figuras públicas que prestaram serviço publicitário à empresa, porém, é uma “articulação para tirar o foco de Bolsonaro”. Durante o programa, ele questionou: “Imagina se quem fez propagandas da Americanas, por exemplo, fosse intimado para ir na CPI?”

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    Despreocupado quanto à quebra de sigilo, Tas brincou achar “legal” poder observar o que ganhou ao longo dos mais de 40 anos de carreira e colocou em perspectiva o envolvimento do deputado ao PL: “Não estou o acusando de querer esconder coisas do Bolsonaro, mas é do partido do ex-presidente.”

    Em 15 de agosto, Tatá e Cauã já haviam se tornado alvo de deputados da CPI após receberem autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça a não deporem. Segundo o presidente da Comissão, Aureo Ribeiro, “a importância dos depoimentos de pessoas que participaram do marketing dessas pirâmides é saber quem estava por trás das empresas e tentar recuperar os ativos.”

    Em nota ao Splash Uol, advogados de Tatá afirmaram: “Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal?”

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