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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Karine Teles revela os bastidores da morte de Madeleine em ‘Pantanal’

Intérprete da 'chata favorita' do público da novela das 9, atriz dá detalhes de sequência trágica que vitimou personagem

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 Maio 2022, 23h21 - Publicado em 23 Maio 2022, 21h25
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  • Um infeliz acidente de avião matou Madeleine, interpretada por Karine Teles, em Pantanal no último sábado, 21. Após Bruna Linzmeyer dar vida à mimada na primeira fase, a atriz assumiu o papel do amor de José Leôncio (Renato Góes/Marcos Palmeira) e cumpriu majestosamente sua missão na segunda parte da história: manter a personalidade insuportável da personagem e mesmo assim conquistar o amor do público da novela das 9 da Globo. Os telespectadores sofrem com o destino selado por Ítala Nandi, a Madeleine da primeira versão, que havia pedido deixar a trama escrita por Benedito Ruy Barbosa, em 1990 enredo repetido fielmente por Bruno Luperi, autor do remake.

    Em meio a um temporal, a aeronave caiu direto em um rio infestado de piranhas, deixando nenhuma chance para a mãe de Joventino (Jesuíta Barbosa) e o piloto sobreviverem. Em entrevista a VEJA, Karine revela que a sequência dramática da tragédia que vitimou a blogueira foi uma operação que levou dois dias para ser concluída. Além de efeitos especiais, a cena precisou de um avião de verdade, uma cabine de mentira e pelo menos 200 litros de água dentro de uma piscina para a queda da aeronave ficar o mais próxima possível da realidade.

    Como foi a gravação da morte de Madeleine? O acidente foi muito bem cuidado. Foram dois dias de gravação, com muito planejamento, muita atenção do diretor Thomaz Cividanes, que conversou comigo, me explicou tudo. A equipe de efeitos especiais, o pessoal da arte, todo mundo muito competente e foi uma experiência muito legal, porque não é o tipo de coisa que a gente faz todo dia, né? Teve duas etapas. Primeiro a gente fez a parte interna do avião que era dentro de um de um avião mesmo, pousado, e todo o efeito para parecer que ele tava voando era um ventilador gigante, carros-pipa, máquina de fumaça e, mesmo eu estando ali, dentro do avião, vendo que ele estava no chão, parecia que tava voando mesmo, fazia um barulho, dava toda essa sensação do avião chacoalhar e tal. E aí depois a gente fez num outro dia numa coisa cenográfica que foi montada pra parte da água, né, do impacto. Enfim, então era uma cabinezinha que eles fizeram imitando a parte de dentro do avião e tinha uma estrutura enorme do lado de fora que derramava. Acho que eram 200 litros de água dentro da cabine assim.

    Você achou difícil gravar no meio dessa água toda? Não, foi difícil no primeiro momento, antes de fazer a primeira vez porque eu sabia que testes de segurança tinham sido feitos e tal, mas que era uma ansiedade, né? Eu não sei sabia se entrava água no meu nariz, porque a gente fica ali. Mas depois que a gente fez o primeiro take eu achei até divertido.

    Chegou a nadar com as piranhas ou não? Não (risos), não precisei nadar com as piranhas. Mas acho que ia ser divertido.

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    Você ficou muito triste com a morte da Madaleine na nova versão ou tudo bem ter sido fiel ao original? É complicado, né? Porque já foi mais ou menos um terço da novela agora, ainda tem dois terços para irem ao ar. A Madeleine não morrendo faria a história mudar muito. Ela é uma personagem com uma uma importância grande na trama. E se ela não não deixasse a história, eu acho que ia ter que modificar muito e talvez a novela perdesse a sua essência. Porque quando ela foi feita a primeira vez e aconteceu esse fato da Itala precisar sair, a novela tava sendo escrita, né, então a história foi sendo adaptada e virou o que virou, e foi um sucesso. Se Madeleine não morresse, eu acho que seria outra novela. Eu fiquei feliz de ver as pessoas querendo que ela voltasse, ficando de luto porque ela partiu, recebi vários prints e achei fofo, fiquei feliz. Que bom que a personagem faz falta, melhor que dizerem que não aguentavam mais.

    Por mais que seja um remake, é uma trama um pouco aberta. Você ficaria feliz se tivesse uma reviravolta com a Madeleine ressurgindo da morte? Eu não sei te dizer. Eu acho que tem um ciclo ali que se completa, né? Ainda mais com o que a direção da novela fez de botar aqueles flashbacks. Acho que, de alguma forma, ela teve um desfecho. Eu sinto que tá fechada a história da Madeleine, me parece. Nunca se sabe o que pode acontecer. Mas a sensação que eu tenho é que ela cumpriu o seu papel ali e para mim foi muito gratificante. Fiquei muito feliz com tudo, com o ciclo se encerrando com a forma como foi feita. Tô muito feliz com o trabalho.

    Como foi essa experiência toda? Eu tô muito feliz de ter feito essa personagem. Acho que foi importante para a trama, para a história e para mim foram muitas novidades combinadas, como fazer personagem grande numa novela das 9, por mais que eu tenha muita experiência no cinema no teatro, eu nunca tinha vivido isso e foi muito intenso, muito interessante. Fiquei muito feliz. Foi muito bom trabalhar com Camila Morgado, Caco Ciocler, Silvero Pereira, Jesuíta Barbosa. O mais difícil foi gravar na pandemia, com os protocolos de segurança que deixavam todo mundo mais cansado no fim do dia.

    A gente sabe que a Madaleine é uma personagem insuportável, mas que caiu nas graças do público. Como você recebeu essa repercussão? Eu não tenho Twitter, só uso o Instagram mesmo, mas os amigos ficavam me mandando reações legais, o nome dela nos trending topics várias vezes. Foi muito gratificante, fiquei muito feliz de saber e acompanhei essa mudança. No início as pessoas reclamaram um pouco e aos poucos foram caindo nas graças dela. É muito legal ter um personagem para odiar, né? Adoram detestar os personagens e eu fico muito feliz de ser essa personagem que talvez provoque reflexões. Se alguém ver o comportamento da Madeleine se enxergar, pensar em mudar para melhor, eu vou ficar muito feliz.

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