Ícone da TV, Jô Soares deixou sua marca na história da televisão brasileira como um dos maiores apresentadores na Globo, mas o ator também se consagrou como grande nome da comédia ao interpretar papéis antológicos que permanecem no imaginário dos espectadores por todo o país. Entre as atuações mais emblemáticas estão o Capitão Gay, um super-herói homossexual; Reizinho, um monarca sempre reclamando dos problemas do reinado, com altas doses de ironia com a política; e Zé da Galera, torcedor que ligava para o técnico da seleção brasileira de futebol e pedia ‘Bota ponta, Telê!’. Nascido José Eugênio Soares, o Jô morreu na madrugada desta sexta-feira, 5, em São Paulo.
Confira cinco papéis antológicos de Jô Soares:
Capitão Gay
Personagem que hoje seria considerado politicamente incorreto, Capitão Gay era um super-herói homossexual que usava um uniforme cor-de-rosa e andava sempre acompanhado de seu fiel escudeiro Carlos Suely (Eliezer Motta). A identidade secreta do herói era um homem de negócios sério.
Reizinho
Jô Soares se ajoelhava para interpretar um monarca de estatura baixa que governava um país pequeno, mas com um ego enorme. Era saudado por seus súditos com: “Sois rei! Sois rei! Sois rei!”. O papel integrava o programa humorístico da Globo Planeta dos Homens, exibido semanalmente de 1976 a 1982.
Zé da Galera
Um torcedor fanático da seleção brasileira que ligava de um orelhão para o então técnico Telê Santana para dar palpites, sempre com o bordão ‘Bota ponta, Telê!’, gritava o personagem.
Mordomo Gordon
Em Família Trapo, humorístico da Record, Jô Soares viveu Gordon, um mordomo atrapalhado e descompensado. A atração foi ao ar entre 1967 a 1971 e havia sido criada justamente por Jô, além de Carlos Alberto de Nóbrega.
Bo Francineide
A atriz de pornochanchadas vivia grudada na sua “pornô-mãe”, interpretada por Henriqueta Brieba. “Eu saí de dentro dela!”, dizia Bo no programa Viva o Gordo.