As entrevistas brilhantes de Silvio Santos a capas de VEJA
Apresentador não gostava de dar entrevistas, mas cedeu depoimentos impactantes a reportagens da revista
Silvio Santos não era grande fã de dar entrevistas, mas concedeu algumas memoráveis à equipe da revista VEJA – na qual também estampou cinco capas históricas com conversas impactantes em quatro delas. A perda do apresentador, morto neste sábado, 17, aos 93 anos, é sentida por todo o Brasil, afinal, a maioria dos brasileiros tem em Senor Abravanel a imagem perfeita dos domingos, dia em que ele abrilhantou a televisão com seus programas por várias décadas.
A VEJA, Silvio Santos abriu um pouco de sua intimidade ao falar da guerra por ibope em 1975, quando ainda estava na Globo na agora extinta TV Tupi; falou da ruidosa eleição de 1989, quando tentou concorrer à presidência contra Lula e Fernando Collor; em 2000 também revelou alguns segredos de seu instinto afiado para bombar a programação do SBT; no ano seguinte estampou a capa de VEJA com a história de quando fora feito de refém dentro de sua própria mansão no Morumbi; e por fim abriu, com exclusividade, as portas do reality A Casa dos Artistas, que ainda estava no ar, para a reportagem da revista.
Confira a seguir algumas das frases icônicas ditas por Silvio Santos.
Em 1975, sobre ajudar colegas financeiramente: “Puxa, quem tem o dinheiro que eu tenho só poderia mesmo agir assim”. Também naquele ano, sobre as decisões nos negócios: “Eu confio muito no meu feeling. Noventa ou 95 por cento das decisões que eu tomo, graças a minha intuição, costumam dar certo.” Especulou o que faria da vida se não fosse dono do SBT: “Eu seria sempre um homem de vendas”.
Em 1989, sobre como planejava conduzir sua campanha para a presidência: “Não vou falar mal de nenhum candidato. Não pedirei votos para mim. Simplesmente vou dizer que sou candidato e pretendo governar o Brasil com sensatez, honestidade e justiça”. Ainda naquele pleito tumultuoso, sobre seus planos para montar os ministérios, caso fosse presidente: Me cercarei de homens de bem. Pedirei aos partidos, universidades e formadores de opinião sugestões de nomes de pessoas que estejam dispostas a colocar em prática os planos previamente elaborados. Não importa se ele for do PCB ou do PFL: se estiver disposto a colaborar e for honesto, será ministro”.
Questionado sobre a possibilidade de se aposentar na edição de 17 de maio de 2000, Silvio Santos era firme: “Meu plano era parar aos 70 anos. Mas não sei se vou conseguir. Há uma resistência grande a isso dentro da emissora. Os executivos dizem que se eu parar o SBT regride, o Baú não vende. É tudo mentira. Os executivos falam isso porque eles ganham bônus e acham que as coisas são mais fáceis com o Silvio Santos lá, porque o Silvio Santos é um bom vendedor etc. Mas eu acho que o SBT não pode depender mais do Silvio Santos”, declarou.
Em 2001, com o sucesso de A Casa dos Artistas, programa que vencia a Globo nos domingos à noite, Silvio Santos abriu com exclusividade as portas da mansão onde era gravado o reality — local vizinho à mansão do próprio apresentador no Morumbi.
Eis as cinco capas de VEJA com Silvio Santos:
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