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‘Pelé argentino’: a estreia de Maradona na PLACAR em 1978

Então uma revelação do Argentinos Juniors, Diego demonstrava admiração pelo Rei e revelou um sonho: jogar pelo Flamengo no Maracanã

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 jul 2021, 16h31 - Publicado em 8 jul 2021, 10h21
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  • Maradona em edição da PLACAR de 1978
    Maradona em edição da PLACAR de 1978 (PLACAR/Reprodução)

    Brasil e Argentina decidem a Copa América no próximo sábado, 10, no Maracanã, e é impossível tratar do clássico sul-americano sem lembrar de seus dois maiores protagonistas. Apesar de nunca terem se enfrentado, pois um estreou justamente na época em que o outro pendurou as chuteiras, Diego Armando Maradona e Pelé alimentaram a rivalidade e os debates sobre quem foi o maior jogador de todos os tempos — Lionel Messi quer entrar nesta briga e um título em solo brasileiro certamente fortaleceria sua candidatura. As comparações foram inevitáveis, desde o início. Logo em sua esteia em PLACAR, então uma revelação de 18 anos do Argentinos Juniors, o ídolo dos hermanos foi comparado ao Rei do Futebol.

    A reportagem de Lemyr Martins na edição de 1º de dezembro de 1978 — portanto depois do título mundial da Argentina naquele ano—, se baseava nas palavras do técnico da seleção, Cesar Luis Menotti, que preferiu não levar o craque adolescente à Copa em casa, mas imediatamente após a conquista já o comparava a Pelé. “No atual estágio do futebol, Maradona é Pelé. Há uma diferença na estrutura física, mas muita semelhança no espaço de terreno que joga, nos lançamentos que faz. E, note bem, trata-se de um goleador”, avisou que Menotti, que enfrentou Pelé nos tempos de defensor no futebol brasileiro. Na época, o Boca Juniors já oferecia uma fortuna pelo prodígio do Bicho, como é conhecido o clube do bairro de La Paternal.

    “Maradona pesa 64 quilos e tem apenas 1,67 m de altura. Dentro de campo, porém, se torna um gigante. Suas passadas com a bola colocada ao pé esquerdo, sua virada de jogo de um lado para o outro, quando os passes saem certos, milimétricos, são próprios de um craque genial”, avisou PLACAR na ocasião. Na época, o jovem Maradona não alimentava qualquer rivalidade com Pelé, pelo contrário. “Isso de me compararem com Pelé é incrível. ‘El Negro’ foi o maior do mundo. Gostaria muito de conhecê-lo, de falar com ele. Só vi seu jogo pela televisão, era bárbaro”, afirmou o camisa 10 que enchia os argentinos de esperança.

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    Com humildade, Maradona falou sobre uma fraqueza em seu jogo (que, diga-se, o diferenciava claramente de Pelé). “Só (chuto com a esquerda). Às vezes, na corrida, chuto com a direita também, mas não dá bom resultado. É uma falha grave que tenho.” Ele não resolveria este problema ao longo da carreira, mas, convenhamos, não fez falta. Por fim, Maradona fez uma confissão sobre um sonho de garoto: “Gostaria muito de jogar no Maracanã. Que cancha! Seria lindo jogar com aquele estádio cheio e no Flamengo, que tiene una hinchada fantástica“.

    Maradona, como se sabe, nunca atuou pelo rubro-negro, mas o enfrentou três anos depois, em um amistoso no Maracanã, pelo Boca Juniors, com vitória do Flamengo por 2 a 0, com dois de Zico. Passaria outras tantas vezes pelo estádio carioca onde Messi tentará conquistar seu primeiro título com a seleção. Na Argentina, um comercial de cerveja acredita que a seleção local contará com a “força divina” de Maradona, no primeiro clássico desde sua morte. O Brasil defende o título, conquistado no mesmo estádio, em 2019 diante do Peru.

    Zico e Maradona, em 1981
    Maradona, do Boca Juniors, e Zico, do Flamengo durante amistoso em 1981 (Rodolpho Machado/Placar)
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