O ano era 1988 e a pequena cidade de Santa Rosa (RS), a mais de 500 quilômetros de Porto Alegre e hoje com cerca de 70.000 habitantes, desfrutava da ascensão de seus dois filhos mais ilustres: a apresentadora Xuxa Meneghel, que já despontava como a rainha dos baixinhos, e o goleiro Claudio Taffarel, que havia acabado de se destacar na Olimpíada de Seul, na qual a seleção brasileira terminou com a medalha de prata.
Em sua edição de 14 de outubro de 1988, PLACAR acompanhou o retorno de Taffarel ao Brasil, já na condição de ídolo da criançada. “A Xuxa do Beira-Rio. O Gigante Taffarel é o rei dos baixinhos”, estampou a revista, citando que “na aparência, são jovens e loiros. No jeito, alegres, irreverentes e atenciosos com as crianças. O assédio dos baixinhos transformou o goleiro Taffarel – da seleção e do Internacional – num fenômeno que segue os passos de Xuxa, a apresentadora da Rede Globo.
Então com 22 anos, Taffarel brilhou nos Jogos de Seul ao defender três pênaltis na semifinal contra a Alemanha. Na decisão, o Brasil perdeu por 2 a 1, de virada, para a União Soviética. No desembarque da seleção, no Rio, Taffarel foi mais assediado pela criançada do que os ídolos cariocas Romário e Geovanni. As vendas de sua camisa e chuteiras personalizadas no Beira-Rio dispararam e até mesmo a própria Xuxa se derreteu em elogios pelo goleiro. “Ele é um gatinho, foi responsável por nossa medalha de prata e os baixinhos sabem das coisas”.
Aos 55 anos, Taffarel segue na seleção brasileira, como preparador de goleiros. Neste ano, o titular do Brasil na conquista do tetra em 1990 e também nas Copas de 1990 e 1998, foi eleito em votação de PLACAR o maior goleiro da história da seleção brasileira. Confira, abaixo, a reportagem de 1988: