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Operação contra pedofilia prende três homens em flagrante no RS

Computadores continham fotos e vídeos com crianças abusadas sexualmente

Por Paula Sperb
Atualizado em 21 fev 2018, 14h30 - Publicado em 21 fev 2018, 14h20

Após dois meses de investigação, a Polícia do Rio Grande do Sul prendeu nesta quarta-feira três homens em flagrante por armazenar e compartilhar pedofilia. A Operação Infância Protegida investiga se os homens também cometeram os abusos registrados em vídeos e fotografias encontrados. Os policiais também tentam identificar quem são as vítimas. Outros três homens também tiveram computadores, celulares e pen-drives apreendidos para perícia, mas não foram presos.

“Tem conteúdo pornográfico com criança de aparentemente dois anos ou pouco mais. Ainda não temos certeza, mas há indícios de que algumas crianças que aparecem no conteúdo têm essa idade”, contou a VEJA a delegada Andrea Magno, da Delegacia para a Criança e o Adolescente Vítima, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).

Instituto Geral de Perícias (IGP) acompanhou a operação e agora irá analisar o material apreendido. São milhares de arquivos com imagens de abuso de crianças. “É um número grande de crianças”, disse a delegada sobre o conteúdo encontrado.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Viamão, Alecrim e Mostardas. Os homens identificados são maiores de idade e a maioria deles morava na casa dos pais.

“Os inquéritos estão em curso e vamos apurar quem são as vítimas e quem são os abusadores. Nas cenas de sexo com crianças e adolescentes, quem comete o abuso não é necessariamente quem armazena o conteúdo”, explica a delegada.

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Dos três presos, dois foram flagrados por armazenar pornografia infantil e um foi flagrado por também compartilhar o conteúdo e, por isso, não tem direito a pagar fiança. Os outros três homens podem acabar presos caso o inquérito conclua que também armazenam, compartilham ou cometeram abusos contra crianças. A pena por crime de armazenamento de pedofilia é de prisão por até quatro anos, por compartilhar o material é até seis anos e por abusar sexualmente de crianças a prisão pode ser de até 30 anos.

A investigação contou com diversas fontes, informações coletadas e técnicas de investigação que a polícia não detalha para não prejudicar o inquérito. A operação foi feita em conjunto com a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Denúncias de pedofilia e abuso podem ser feitas pelo telefone da Polícia Civil, o 197. O telefone do Deca, em Porto Alegre, é (51) 2131-5720.

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