A candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), a gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB), disse na manhã deste domingo, 28, que a queda na vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas eleitorais se deve à revelação de um esquema que financiou, sem prestação de contas, o disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp contendo fake news (notícias falsas).
A diferença entre Bolsonaro e Haddad, tanto no Ibope como no Datafolha, caiu para 8%. O caso dos disparos das mensagens com financiamento sem prestação de contas é investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi denunciado pelo jornal Folha de S. Paulo.
Manuela votou em Porto Alegre, no colégio Santa Inês, no bairro Petrópolis, acompanhada de sua mãe e por lideranças políticas locais. Ela foi recebida por um grupo de militantes que cantava “Manu no Jaburu (palácio do vice-presidente)”. Manuela estava acompanhada de agentes da Polícia Federal (PF), e a Brigada Militar (a PM gaúcha) fazia a segurança do local.
“O que a gente nota depois da identificação de caixa 2 digital do nosso adversário? Que o nosso adversário começa a cair nas pesquisas, porque é um homem covarde, que se ausentou dos debates”, disse Manuela, que também defendeu uma “imprensa livre”. Bolsonaro tem atacado veículos de comunicação, e sua militância persegue jornalistas com ataques virtuais organizados.
“Por sorte, a imprensa identificou e descobriu esse esquema que, aparentemente, foi barrado. Nosso adversário teve que começar a falar. Quando falou, mostrou exatamente ao povo quem é: um homem que promove o ódio, a intolerância, que bate continência para a bandeira americana e que não respeita o povo brasileiro. Por isso, nós venceremos no dia de hoje”, afirmou a candidata.
Após votar, Manuela irá se reunir com a família. Ela é casada com o música Duca Leindecker, tem uma filha e um enteado. Após o almoço, a candidata irá a São Paulo com um voo fretado para acompanhar a apuração com Fernando Haddad.
Na véspera da votação, Manuela participou de um ato que reuniu milhares de simpatizantes no bairro Cidade Baixa, na capital gaúcha.