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Em debate na TV, Leite (PSDB) e Sartori (MDB) devem explorar diferenças

Partidos dos candidatos gaúchos governaram juntos até o início deste ano; PT está fora do segundo turno pela primeira vez em 24 anos

Por Paula Sperb
18 out 2018, 14h14
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  • Enquanto os brasileiros não assistiram até agora um debate entre os candidatos a presidente, os eleitores poderão acompanhar a discussão das propostas dos candidatos aos governos estaduais. No Rio Grande do Sul, o primeiro debate na televisão neste segundo turno será exibido na noite desta quinta-feira, 18, às 22h30, transmitido pela Band.

    O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) e o atual governador, José Ivo Sartori (MDB), que tenta a reeleição, devem buscar uma distinção entre suas personalidades e propostas durante o debate televisivo. Isso porque os dois partidos governaram juntos até o início deste ano. Desde o fim da ditadura militar, nenhum governador foi reeleito no estado. Além disso, em 24 anos, é a primeira vez que o PT fica de fora do segundo turno.

    Leite tem a preferência do eleitorado segundo a última pesquisa do Ibope. O tucano tem 59% de votos válidos enquanto Sartori tem 41%. Por este motnivo, Leite deve manter sua estratégia de apontar a demora na solução de problemas pela gestão de Sartori. Um dos exemplos é a concessão de estradas à iniciativa privada que ainda não saiu do papel. Ele também crítica a crise na segurança e o fechamento de escolas.

     

    Por sua vez, Sartori deve insistir na sua experiência à frente do estado e passar a mensagem de que é arriscado mudar. Com uma grave crise econômica, Sartori aposta do plano de recuperação fiscal com a União para tirar as contas do vermelho. O acordo não foi assinado na sua gestão e essa é a sua principal proposta para um eventual novo mandato. O acordo prevê a suspensão temporária da dívida com o governo federal por três anos, mantendo 11,3 bilhões no estado. Críticos apontam que a dívida irá aumentar após esse período e que investimentos e contratações ficaram limitados.

    Leite também propõe o mesmo plano e Sartori tem rebatido que seu adversário tem o mesmo projeto. Nos últimos debates transmitidos pela Rádio Gaúcha e Rádio Guaíba, eles chegaram a pedir respeito após elevação no tom das críticas.

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    Ambos declararam seu apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro. Sartori passou a apoiar Bolsonaro sem ressalvas, o que destoa da origem do seu partido, que lutou contra a ditadura, elogiada pelo candidato a presidente. Leite divulgou seu apoio como uma negação do PT e afirmou que não está de acordo com os discursos de Bolsonaro que denigrem mulheres, LGBT, negros e a favor da tortura.

    A opção de Leite não afetou negativamente seu desempenho na pesquisa eleitoral. Tampouco o apoio irrestrito de Sartori parece ter garantido mais votos até agora. A poucos dias da votação, a campanha negativa para denegrir Leite nas redes sociais parece ter se intensificado.

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