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O Vale do Silício que apoia Trump

Ao apoiarem Trump, Musk e Zuckerberg traem os ideais aos quais devem seu sucesso

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 jan 2025, 18h28

Não demorou nem 24 horas.

O Congresso americano confirmou Trump como presidente na segunda e na terça Mark Zuckerberg, controlador do Instagram, do Facebook e do Threads, veio a público para dizer que:

1. Aboliu a checagem de fatos por terceiros.

2. Decidiu seguir o exemplo do X/Twitter, em que a própria comunidade alerta quando houver abusos (vai funcionar tão bem quando na rede de Elon Musk).

3. As equipes de moderação serão relocadas para o Texas (longe da influência liberal da Califórnia).

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4. Restrições de conteúdo no que se refere a tópicos como imigração e identidade de gênero serão suspensas.

5. A moderação de conteúdo passa a se procupar apenas com itens ilegais e abusos graves (que hoje já não funcionam muito bem).

6. Vai colaborar com o governo Trump para combater censura em regiões como Europa, China e América Latina.

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Ou seja, Zuckerberg liberou fake news, discurso de ódio e intimidação em suas redes. E conta com o governo para pressionar governos estrangeiros a não legislarem sobre redes sociais.

Não é propriamente uma mudança de atitude: apesar de se dizer contra a disseminação de fake news e discurso de ódio, o CEO da Meta sempre resistiu o quanto pôde a combatê-los em suas redes.

Zuckerberg não é o primeiro a pôr as manguinhas de fora. Elon Musk foi bem mais longe: desde a vitória de Trump, endossou o partido neonazista alemão, pediu a liberdade de um extremista islamófobo e afirmou o premier inglês deveria estar na cadeia.

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A cultura original do Vale do Silício foi criada por libertários no melhor sentido do termo. Gente como John Perry Barlow, autor da “Declaração de Independência do Ciberespaço”, e Stewart Brand, criador do Whole Earth Catalog.

Hoje o Vale está infestado de “libertários” no pior sentido, gente  como Musk e Zuckerberg, que não está nem aí para os direitos das minorias e acha que a lei não deve valer para empresários ricos e bem sucedidos (que afinal, são melhores do que os demais cidadãos). Barlow está rolando no túmulo; Brand ainda está vivo, mas com certeza está mortificado.

Ninguém sabe bem o que vai acontecer nos EUA e no mundo nos próximos quatro anos. Mas o pronunciamento de Mark Zuckerberg nesta terça é um bom prenúncio do que vem por aí.

(Por Ricardo Rangel em 07/01/2025)

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