Morreu Olavo de Carvalho.
Jair Bolsonaro decretou luto oficial. A Secretaria Especial da Cultura, que não se pronunciou quando da morte de diversas figuras importantes da cultura brasileira, como João Gilberto ou, há alguns dias, Elza Soares, emitiu uma nota de pesar (quem lê a nota pensa que Olavo foi uma espécie de Immanuel Kant brasileiro).
Autoproclamado filósofo, Olavo não tinha o respeito ou a admiração de seus supostos pares, que o consideravam um charlatão. As qualidades pelas quais alcançou a fama não foram seus dotes intelectuais, mas o extremismo, a agressividade, a escatologia, a sem-cerimônia em faltar com a verdade e um certo delírio persecutório.
De uma maneira torta, a homenagem de Bolsonaro e Mario Frias a Olavo não deixa de ser adequada. Afinal, não há quem simbolize melhor o ponto a que o Brasil e seu governo chegaram do que o guru da Virginia.