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Ronaldo em 7 capas de VEJA: promessa, colapso, escândalo, redenção, boa vida, barraco e… barrigão

VEJA acompanhou de perto os (muitos) altos e baixos da carreira do Fenômeno, que completa 40 anos nesta quinta-feira

Por Daniel Jelin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 21h47 - Publicado em 22 set 2016, 09h32
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  • VEJA de 7 de janeiro de 1998
    VEJA de 7 de janeiro de 1998

    Ronaldo Fenômeno, que completa 40 anos nesta quinta-feira, já estampou sete capas de VEJA. Na primeira delas, em janeiro de 1998, dava rosto à esperança brasileira de conquistar o pentacampeonato na Copa da França. Ainda chamado de Ronaldinho, o camisa 9 já era um fenômeno mundial, multimilionário e querido pelos fãs, mas ainda não havia decidido um Mundial, o teste definitivo dos craques – em 1994, com apenas 17 anos, havia feito apenas figuração no elenco que trouxera o tetra. Estava no auge de seus 21 anos e tinha tudo para arrebentar na França.

    VEJA de 22 de julho de 1998
    VEJA de 22 de julho de 1998

    Como se sabe, porém, Ronaldo teve um apagão na final da Copa de 1998, e a França de Zinedine Zidane atropelou o favoritismo brasileiro: 3 a 0. “Ronaldinho entrou em campo apático, de cabeça baixa. Participou de poucas jogadas, não driblou e deu só dois bons chutes a gol”, descrevia reportagem de VEJA. “Era apenas uma sombra do craque que costuma decidir os jogos em lances fulminantes. Sem a chama de seu principal atacante, toda a seleção afundou. E deu o resultado temido por todo o Brasil”. Em entrevista a VEJA, o craque não soube dizer exatamente o que acontecera com ele antes do jogo: “Eu estava no quarto, senti sono e dormi. Quando acordei, tudo já tinha acontecido. Os médicos disseram que foi uma convulsão”. Ronaldo reconhecia atravessar um ano estressante (“A correira é cansativa, eu só quero paz!”) e mirava sua próxima chance: “O penta virou uma obsessão para mim”.

    VEJA de 28 de julho de 1999
    VEJA de 28 de julho de 1999

    Ronaldo voltou à capa de VEJA um ano depois, na edição de 28 de julho de 1999, quando teve o nome citado em inquérito da polícia italiana sobre uma rede de prostituição em Milão, da qual seria cliente. À reportagem de VEJA, Ronaldo negou qualquer envolvimento, mas o escândalo arranhou sua imagem de bom moço. “As revelações da semana passada causaram surpresa porque, ao contrário de Romário, Edmundo, Renato Gaúcho e outros craques do futebol, Ronaldo sempre se esforçou para cultivar a imagem de bom menino”, dizia a reportagem. “Garoto que saiu da pobreza para a glória, era um símbolo para todos os brasileiros que sonham com oportunidades de uma vida melhor.” Para além dos danos à sua imagem, o craque era cobrado também dentro de campo. O tricampeão Tostão alertava: “Ele precisa jogar bem a próxima (Copa) para ter seu nome incluído entre os grandes da história. Se falhar novamente, a torcida não vai perdoar.”

    VEJA de julho de 2002
    VEJA de julho de 2002

    Na capa seguinte, a redenção de Ronaldo: recuperado de uma chocante lesão no joelho, que para muito especialista poria fim à sua carreira, o craque foi decisivo na conquista do pentacampeonato em 2002, no Japão e Coreia do Sul. “A vitória da seleção brasileira em Yokohama fez o atacante Ronaldo nascer de novo”, começava a reportagem de VEJA. “É o craque que finalmente pode enfileirar o título de pentacampeão do mundo ao lado dos de campeão mineiro de 1994, campeão mundial de 1994, campeão da Copa da Holanda em 1996, melhor jogador do mundo em 1996 e 1997, campeão da Recopa de 1997, melhor jogador do campeonato Europeu de 1997, campeão da Copa Uefa de 1998 e campeão da Copa América de 1999.”

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    VEJA de 10 de dezembro de 2003
    VEJA de 10 de dezembro de 2003

    No final de 2003, VEJA acompanhou uma semana da rotina do craque , então no Real Madrid, e ouviu 27 pessoas de seu entorno, incluindo Borracha, amigo da infância de Ronaldo em Bento Ribeiro, e o médico Gérard Saillant, que o operou duas vezes. Ronaldo recebeu VEJA em sua mansão de 1,5 mihão de euros em Madri, no condomínio de La Moraleja, onde também vivia o então primeiro-ministro espanhol, José María Aznar. Com patrimônio avaliado em mais de 100 milhões de dólares, o craque desfrutava então dos prazeres da vida de solteiro – mas ainda morava com Milene, de quem estava oficial, mas ainda não legalmente separado.

    VEJA de 7 de maio de 2008
    VEJA de 7 de maio de 2008

    Ronaldo voltou à capa de VEJA em 2008 por uma “escorregada fenomenal”, como narrava reportagem de 7 de maio daquele ano. “O episódio incluiu três travestis cariocas, um quarto de motel de terceira categoria, gritaria, acusações de calote, extorsão e uso de drogas. A noitada acabou na delegacia. De lá, decolou para os jornais do mundo inteiro, que transbordaram de informações constrangedoras, incluindo especulações sobre as reais preferências sexuais do jogador e outros detalhes devastadores para a imagem do Fenômeno.” Na chamada de capa, VEJA alertava para o risco de que, podendo ser Pelé, Ronaldo via sua imagem se desfazer de escândalo em escândalo como a de Maradona. Ronaldo tinha então 31 anos e estava se recuperando de mais uma lesão no joelho, que sofrera jogando pelo Milan.

    VEJA de 3 de outubro de 2012
    VEJA de 3 de outubro de 2012

    Ao final de 2008, nova volta por cima: Ronaldo é contratado pelo Corinthians, volta a jogar bola, fatura dois títulos e vira ídolo. Foi seu último clube. Despediu-se dos campos em 2011. Já estava visivelmente acima do peso – e nos meses seguintes chegaria a impressionantes 118 quilos. Aos 36 anos, topou expor o barrigão na TV no programa Medida Certa, do Fantástico, que o ajudaria a voltar a 101 quilos. Sua batalha contra a balança foi parar na capa de VEJA de 3 de outubro de 2012, como exemplo de força de vontade.

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