Henrique Meirelles está registrado pela primeira vez no Acervo VEJA em 27 de novembro de 1985. Oito anos depois, no dia 11 de agosto de 1993, ele foi entrevistado para a matéria “Caixa alta na terra da inflação – Os bancos continuam se dando bem quanto a instabilidade empobrece o país”, como presidente do Banco de Boston. “Não vejo por que não poderia acontecer o mesmo no Brasil”, disse ele sobre a possibilidade de o país seguir os caminhos da Argentina no controle da inflação.
Seu papel no Banco de Boston foi também destacado na reportagem “Brasileiros globais – meia dúzia de superprofissionais contam como é possível vencer nos Estados Unidos”, em 11 de dezembro de 1996, que o apontou como um dos 100 executivos mais bem pagos dos EUA, com vencimentos estimados em 1,5 milhão de dólares por ano.
Oito anos depois, já como chefe do Banco Central, Meirelles estampou capa de VEJA pela primeira vez, em 11 de agosto de 2004. Era uma denúncia: “Tem salvação? Por que o governo do PT não abandona o presidente do BC aos tubarões”, dizia a chamada.
Na época, seu procurador foi flagrado pela Polícia Federal carregando 32 000 reais em dinheiro vivo. Ele também estava sendo cobrado a dar explicações sobre “a milionária diferença entre seu patrimônio declarado à Receita Federal e o declarado à Justiça Eleitoral“, além de outras transações suspeitas.
Atualmente, Henrique Meirelles trabalha para convencer os brasileiros por outras razões. Ele tenta se firmar como o nome do MDB, seu atual partido, na disputa presidencial de outubro.