“Esse é o mais completo instrumento de que o consumidor brasileiro já dispôs para protegê-lo”, disse o então deputado federal Geraldo Alckmin na primeira vez que foi citado por VEJA, em 4 de julho de 1990. Ele era um dos autores do projeto de lei que originou o Código de Defesa do Consumidor e deu entrevista para a reportagem “Direito de Comprar – Parlamentares aprovam uma lei que pode — para melhor — a rotina de milhões de consumidores brasileiros”.
Depois disso, ele voltou ao noticiário, já como vice-governador de São Paulo e candidato à prefeitura da capital paulista. No pleito de 2000, ele não foi ao segundo turno, ficando atrás de Paulo Maluf (PPB) e Marta Suplicy (PT), que acabou vencendo.
Mas em janeiro de 2001, ele tomou posse como governador de São Paulo com o afastamento de Mario Covas, que se tratava contra um câncer e morreria dois meses depois. No dia 31 daquele mês, a revista publicava uma pesquisa do Ibope que apontava Alckmin em primeiro lugar nas intenções de voto para o governo do estado, com 45% das intenções de voto, 15 pontos a frente de Maluf, que ficou com sua vaga no segundo turno da eleição do ano anterior.
Em outubro de 2002, na mesma eleição que em Lula (PT) venceu para a Presidência, Alckmin foi reeleito governador. A reportagem “A onda petista perdeu o ímpeto”, mostrava a vitória do político sobre José Genoíno (PT). “Nova estrela nacional na oposição ao PT”, dizia a legenda da foto.
A oposição ao partido do então presidente o levou, quatro anos depois, à disputa pela Presidência. Após passar ao segundo turno com 40 milhões de votos, ele foi capa de VEJA pela primeira vez com a chamada “O Desafiante”. “Agora ele é uma ameaça real à reeleição do presidente Lula”, dizia o texto, que traçava um perfil do tucano. Alckmin, no entanto, perdeu para Lula no segundo turno, mas foi reeleito governador em 2010 e 2014.
Agora pré-candidato à Presidência pelo PSDB, ele enfrenta uma situação ainda mais complicada do que há 12 anos. Atrás nas pesquisas, ainda vê seu nome relacionado em denúncias de corrupção. Reportagem da revista de 7 de março deste ano apontou que foi no seu governo, que Paulo Vieira de Souza — conhecido como Paulo Preto e envolvido na Operação Lava Jato — se tornou diretor de relações institucionais da Dersa.