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SPTrans aciona Corregedoria sobre ex-assessor de vereador do PT

Felipe Frazão, na VEJA.com: A SPTrans, empresa municipal responsável por gerenciar e fiscalizar o funcionamento das linhas de ônibus na cidade de São Paulo, informou nesta sexta-feira que acionou a Corregedoria Geral do Município para analisar a nomeação de um réu por receptação de carga roubada para o cargo de assessor da Diretoria de Marketing. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h43 - Publicado em 6 jun 2014, 21h09
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  • Felipe Frazão, na VEJA.com:
    A SPTrans, empresa municipal responsável por gerenciar e fiscalizar o funcionamento das linhas de ônibus na cidade de São Paulo, informou nesta sexta-feira que acionou a Corregedoria Geral do Município para analisar a nomeação de um réu por receptação de carga roubada para o cargo de assessor da Diretoria de Marketing. A empresa pública é vinculada à Secretaria Municipal dos Transportes, comandada por Jilmar Tatto, homem forte da gestão Fernando Haddad (PT).

    Nesta sexta, o site de VEJA revelou que Herivaldo Ribeiro Santos, nomeado para o cargo de assessor da diretoria de Marketing da SPTrans em outubro de 2013, é réu desde 2011 em processo que corre na 17ª Vara Criminal da Barra Funda. Antes de assumir o cargo na administração municipal, Santos foi assistente parlamentar do vereador Senival Moura (PT).

    “A Superintendência de Recursos Humanos e Organização da São Paulo Transportes encaminhou, hoje, uma consulta à Corregedoria Geral do Município. No documento, é solicitada orientação sobre quais procedimentos caberiam em relação à situação reportada”, diz a nota da SPTrans enviada à reportagem. Procurado em segu gabinete na Câmara Municipal, o vereador Senival Moura não se manifestou.

    Receptação
    Segundo a denúncia contra Herivaldo Santos, entre os dias 4 de agosto e 17 de setembro de 2008, ele e um comparsa “receberam e transportaram, em proveito próprio e alheio, 187 caixas contendo pares de sapato da marca Zara, que sabiam ser produto de crime”. Segundo a promotoria, eles “receberam a mercadoria roubada e intermediaram a venda” para um terceiro acusado. A dupla levou os sapatos para uma empresa transportadora e entregou “uma nota fiscal falsa, a fim de ocultar a origem ilícita dos bens”, diz o inquérito policial.

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    O réu que participou do crime com Santos conseguiu na Justiça o benefício da suspensão condicional do processo, mas a ação criminal prossegue contra assessor da SPTrans. “Eu não fui condenado e nem fiz nada de errado. As testemunhas não tiveram problema nenhum comigo. Eu estava no lugar errado, na hora errada”, disse Santos ao site de VEJA. Seu advogado, Joel Passos, afirmou que não tem mais mantido contato com o agora assessor da SPTrans e que não consegue localizá-lo. “Faz tempo que ele não se comunica comigo”, disse defensor.

    Ao site de VEJA, Santos negou que o vereador petista tenha influenciado na sua nomeação para a SPTrans, mas também não revelou que caminhos percorreu: “Eu vim por outros meios. Não tenho mais nada a ver com o Senival. Tivemos uma desavença, uma questão de valores que eu não estava contente. Aqui não foi indicação dele. Estou trabalhando corretamente.”

    No dia 3 de dezembro de 2011, o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal da Barra Funda, publicou um edital para notificar o réu a apresentar defesa. Santos estava “em lugar incerto e não sabido”, segundo a Justiça. Os registros da Câmara Municipal de São Paulo, no entanto, informam o paradeiro de Herivaldo Santos na época: era empregado no gabinete de Senival.

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