O desastre moral e intelectual que se dá na UnB – onde, acreditem, há áreas dominadas pelo tráfico de drogas – se deu com a preciosa colaboração de Fernando Haddad, este ogro da educação brasileira disfarçado de esquerdista moderno – ainda que isso fosse possível, não seria ele. Com a queda do reitor Timothy Mulholland – esquerdista, sim, mas não o bastante para a delinqüência que tomou conta da universidade -, os militantes de extrema esquerda “ocuparam” a universidade e passaram a exigir eleições diretas e paritárias para reitor. O que significa eleição direta e paritária? Ora, todos votam, e estudantes, professores e funcionários têm o mesmo peso. Isso significa que um pós-doutor em física, química, biologia, matemática ou literatura vai interferir nos destinos da universidade tanto quanto a dona Maricota que serve o cafezinho ou um desses analfabetos xexelentos que vão à UnB fumar maconha. A universidade deixa de ser um centro de excelência intelectual e de pesquisa para atender a reivindicações de caráter sindical. NÃO HÁ UMA SÓ UNIVERSIDADE SÉRIA NO MUNDO QUE ESCOLHA O REITOR POR ESSE MÉTODO.
Pois bem. A esquerdalha ocupou a UnB, e Fernando Haddad não moveu uma palha para tirá-los de lá. Ao contrário: sugeriu caminhos para que se fizesse a eleição direta, como queriam os extremistas, burlando a lei. É a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) que estabelece que “os docentes ocuparão 70% dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações (…) da escolha de dirigentes”. A UnB não tem poder legal para mudar a regra. Mas o “socialista” Haddad – assim ele se diz em livro – apresentou a solução: a universidade faria consulta informal, paritária, e os professores acatariam as escolhas. Entenderam o modelo? Os professores viraram bonecos de mamulengo das facções radicalizadas dos estudantes – que são as que se mobilizam para esse tipo de coisa.
Inventou-se lá um sistema de consulta direta que reduziu o peso dos professores – legalmente, de 70% – a 40%. E foi assim que José Geraldo Souza Júnior, o candidato do PT e do “Direito Achado na Rua”, se tornou o “reitor”. Ficou em primeiro lugar na lista tríplice e foi nomeado por Haddad. No alto, vocês vêem o ministro sacramentando a posse. Atenção, queridos: transcrevo um trecho da “reportagem” (em vermelho) publicada no próprio site da UnB:
A secretária de ensino superior do MEC, Maria Paula Dallari, avaliou ser um “grande alento” a presença de José Geraldo à frente da instituição. “O professor (José Geraldo) alia densidade histórica à capacidade de orientação para o futuro”.
A secretária, filha do jurista Dalmo Dallari, lembrou que José Geraldo foi seu professor e lhe ensinou a não apartar o exercício do Direito dos direitos humanos. Ela contou que, em um congresso recente, citou o programa Direito Achado na Rua, criado por José Geraldo, como um dos dez itens mais importantes para o exercício da advocacia.
Como se nota, a madraçal esquerdopata chegou ao poder com as bênçãos do poder e a explícita declaração de amor da então secretária de Ensino Superior do MEC pelo tal “Direito Achado na Rua”, que vem a ser o exato oposto do “Direito Achado nas Leis”. Essa doença intelectual, que faz a apologia da ilegalidade, se espalha hoje por várias universidades e, ATENÇÃO!, já chegou ao Supremo Tribunal Federal.