É uma pena, neste particular ao menos, ser um só. Tivesse um duplo, eu o despacharia Brasil afora para que fizesse o retrato real da obra de Fernando Haddad, hoje o político mais superfaturado do Brasil, o enfant gaté do petismo limpinho e “do bem” de Eugênio Bucci e companhia. Ele é o grande comandante da mistificação lulo-petista na educação. Mas percebam: com as exceções de sempre, é tratado pela imprensa como um bibelô.
Alunos do campus de Ceilância da Universidade de Brasília (UnB) ocuparam o prédio da reitoria. Vocês verão os motivos em texto do Portal G1. Deixo claro: não apóio esse método de protesto. Os estudantes poderiam, por exemplo, se fazer ouvir “invadindo” o Congresso, que é a “Casa do Povo” e exigindo uma audiência com a Comissão de Educação da Câmara. Se o método não é bom, a causa, no entanto, é mais do que justa.
O governo federal continua a inaugurar por aí suas universidades e seus campi de mentirinha, largando um rastro de obras inacabadas. Em Garanhuns (PE), no campus da Universidade Federal Rural, o esgoto corre a céu aberto. Segue reportagem:
Estudantes do campus de Ceilândia ocupam prédio da reitoria da UnB
Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) protestaram na manhã desta terça-feira (13) contra a demora nas obras do campus de Ceilândia. Cerca de 400 alunos, com cartazes e vestindo camisetas pretas com a frase “Sem Campus”, ocuparam duas salas do prédio da reitoria. Um vídeo feito pela agência de comunicação da universidade mostra o momento em que os alunos subiram a rampa do prédio e chegaram a derrubar uma divisória da sala do reitor.
De acordo com uma das organizadoras do ato, a estudante Juliane Alves, os alunos só vão desocupar a reitoria depois que eles tiverem uma posição oficial sobre o fim das obras no campus em Ceilândia. “Fomos recebidos de forma truculenta pela segurança, com pancadaria. Mas isso não intimidou o nosso ato”, disse.
A Assessoria de Comunicação da UnB informou que um grupo de estudantes tentou invadir o gabinete do reitor e que os seguranças tiveram que impedir o ato de vandalismo no prédio da reitoria. A UnB negou que a atitude truculentos por parte dos funcionários. Estudantes do campus de Ceilândia ocupam prédio da reitoria da UnB (Foto: Alexandra Martins/UnB Agência)Estudantes do campus de Ceilândia ocuparam o prédio da reitoria da UnB na manhã desta terça-feira (13). Manifestantes pedem uma reunião com o governador do DF, o secretário de Obras e um representante do Ministério Público. (Foto: Alexandra Martins/UnB Agência)
Durante o protesto, uma parede de madeira, que separa o local de trabalho dos assessores do gabinete da reitoria e o hall de entrada, foi derrubada. Juliane Alves informou que os manifestantes não têm presa alguma para sair. “Vamos esperar o tempo que for necessário. Queremos a presença do governador do DF, do secretário de Obras e de um representante do Ministério Público para ter uma solução para a obra do campus”, afirmou.
A UnB informou que o reitor José Geraldo de Sousa Júnior deve receber os manifestantes na tarde desta terça. Ele vai tentar convencer os estudantes a desocuparem a reitoria e explicar o andamento das obras no campus de Ceilândia.
As obras do campus da UnB em Ceilândia já duram três anos. E a data para a entrega dos prédios foi adiada dez vezes. A construção dos blocos Unidade de Ensino e Docência (UED) e Unidade Acadêmica (UAC), os dois no campus Ceilândia, foi licitada no segundo semestre de 2008. A duração inicial da obra era de dez meses, com finalização prevista em 2009. Mas a empresa que venceu a licitação só entregou o primeiro prédio, inacabado, em junho deste ano, com quase dois anos de atraso.
A UnB Ceilândia tem cerca de 1.500 alunos divididos em cinco cursos: enfermagem, farmácia, fisioterapia, gestão em saúde e terapia ocupacional. Há três anos, os estudantes têm aulas no campus improvisado no Centro de Ensino Médio nº 4, em Ceilândia Sul. Parte do novo campus foi ocupada para aulas com autorização da Novacap.