Assim como o Ronaldinho original não é mais aquele, o “Ronaldinho” de Lula — seu filho Fábio Luiz da Silva, o Lulinha — também anda enfrentando alguns problemas. No caso, é o peso das dívidas. Mas não faltará talento para sair dessa, tenho certeza. Lembram-se da Gamecorp? É aquela empresa que recebeu R$ 5 milhões da Telemar, uma concessionária de serviço público, que tem capital do BNDES. Pois é… Os números estão feios. Leiam o que informam José Ernesto Credendio e Andreza Matais, na Folha. Volto depois.
*
A Gamecorp, empresa criada por um dos filhos do ex-presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, e alvo de diversas polêmicas durante o mandato do petista, vive uma situação de “incerteza” sobre sua sobrevivência. A avaliação é da Peppe Associados, uma firma de auditoria contratada pela própria Gamecorp para verificar suas contas em 2011.
A Peppe fez um diagnóstico pouco favorável para o futuro da empresa de Lulinha, como Fábio é conhecido, e ainda lançou dúvidas sobre a confiabilidade dos números do balanço da empresa. Segundo o relatório da auditoria, a administração da Gamecorp não divulgou “de forma adequada” a razão de números possivelmente incompatíveis nas contas. Também não foi possível, escreve a Peppe, ter ideia do valor dos bens da empresa.
A Gamecorp surgiu em 2004, recebeu um aporte de R$ 5 milhões da Telemar (hoje Oi). Como a empresa de telefonia tem participação do BNDES, o aporte passou a ser investigado pelo Ministério Público por suspeita de tráfico de influência. Em 2006, quando a associação com a Telemar tornou-se pública, o então presidente Lula disse à Folha que seu filho era o “Ronaldinho” dos negócios, em alusão ao jogador de futebol, tido como um dos melhores em atividade no Brasil naquela época. Desde então, a empresa acumulou sucessivos prejuízos. Apesar do lucro de R$ 384 mil no ano passado, as perdas acumuladas chegam a R$ 8,6 milhões.
Além disso, há uma diferença de R$ 2,2 milhões entre a soma dos bens e dos valores que a empresa tem a receber e as obrigações que contraiu, o que pode configurar risco de insolvência. O único alívio é a retaguarda da multinacional. A dívida de curto prazo, de até 12 meses, subiu de R$ 2,03 milhões, em 2010, para R$ 2,89 milhões no fim do ano passado. A de longo prazo, acima de um ano, saltou de R$ 3 milhões para R$ 3,3 milhões. O total dessas obrigações atinge R$ 6,1 milhões.
(…)
No início, segundo o próprio Lulinha, a Gamecorp evitava receber dinheiro de fontes públicas para não gerar eventuais dúvidas sobre favorecimento político. No fim do ano passado, porém, a postura mudou: a empresa recebeu R$ 190 mil por anúncios do Banco do Brasil.
De acordo com um diretor do banco que pediu para não ter o nome publicado, o pedido partiu do pecuarista José Carlos Bumlai, que é amigo de Lula. A reportagem tentou ouvir de Bumlai a razão do empenho pela Gamecorp, mas não conseguiu contato.
(…)
Voltei
O “Ronaldinho” de Lula é um “Ronaldão”, um verdadeiro fenômeno. Quando seu pai chegou ao poder, em 2003, ele era monitor de jardim zoológico. Um ano depois, sua empresa já recebia um aporte de R$ 5 milhões da Telemar (atual Oi). Hoje, a empresa já deve R$ 6,1 milhões. Não é raro que empresários desse tipo, no Brasil, tenham muito mais do que devem, né?
Mas vejam aquele nome em negrito: José Carlos Bumlai. Essa memória que não me abandona. Lembrei dele. Vejam no post abaixo.