A maioria silenciosa da USP, que tem 89 mil alunos, pode dar uma resposta à minoria de extremistas que inferniza a vida da universidade. Em associação com seus congêneres entre professores e funcionários, essa gente jamais consegue parar a USP, como seria o seu desejo, mas podem impedir o funcionamento de serviços fundamentais para os estudantes, além das aulas propriamente: transporte, refeitório, limpeza, laboratórios etc. Por isso é preciso dar uma resposta a esses “revolucionários” do século 19. Esses dinossauros não podem mais “tiranossaurizar” a maior universidade do Brasil com seus delírios, com sua violência, com sua ignorância, com sua estupidez.
A eleição do DCE está aí: ocorre entre os dias 22 e 24, na semana que vem. Há uma chapa, uma só, de não-esquerdistas: a “Reação”. Chega de votar no escuro. Se você clicar aqui, vai encontrar a carta-programa do grupo. Atenção, uspianos:
– eles não são socialistas;
– eles não são de esquerda:
– eles não estão na USP para fazer a revolução;
– eles são apenas estudantes;
– eles são estudantes que estudam;
– eles entendem que DCE e Reitoria têm de atuar juntos para facilitar a vida dos estudantes e para dar suporte ao ensino e à pesquisa.
QUE GENTE ESTRANHA, NÃO?
Pois é. A idéia pegou. As esquerdas estão em pânico. Vejam o que a chapa “Reação”postou em sua página e no Facebook:
“Diretores do DCE confessaram para membros da Reação que pretendem, na assembléia de amanhã [hoje] propor o adiamento (leia-se: GOLPE) das eleições. Após perceberem que o áudio estava sendo gravado, ameaçaram 2 de nossos membros de processo.
Isso ocorre justamente quando mapeamentos feitos pelo PSOL e PSTU apontam vitória esmagadora da REAÇÃO.
A chapa Reação condena claramente esta manobra absurda e já está em contato com seus advogados para impetrar um mandado de segurança contra essa medida lamentável, desejada pela gestão do DCE.”
Denunciei a manobra
Tenho meus “repórteres” no campus — e não é a turma da Reação, que nem conheço. Denunciei essa proposta autoritária na quarta-feira da semana passada. Ela começou a circular entre extremistas de esquerda de alguns centros acadêmicos. Previ que acabaria chegando ao DCE. Parece que chegou. O pretexto para o adiamento não poderia ser mais ridículo: a USP estaria em greve.
Ocorre que ela não está! A proposta deve ser algo inusitado desde 1934, quando a USP foi fundada. Eu não sei se a Reação vai ganhar ou não. Pelo que leio na página da moçada, parece que a campanha vai bem. Não importa! A eleição tem de acontecer na data prevista. E ponto final. A USP não pertence a seus professores. A USP não pertence a seus alunos. A USP não pertence a seus funcionários. A USP é um patrimônio do povo paulissta e dos brasileiros.
Seria muito bom, sim, a meu juízo que a reação vencesse, embora vá ter de enfrentar o pão que o diabo amassou. Gosto muito de uma das propostas da turma: recorrer à tecnologia para que, na USP, finalmente, CADA ESTUDANTE VALHA UM VOTO!
E atenção! É preciso mobilizar um batalhão de fiscais. É sempre complicado disputar eleição com quem, estando no poder, não admite perder. Não faltarão sabotadores dispostos a criar caso para impugnar urnas de faculdades escolhidas a dedo, aquelas em que a extrema esquerda sabe que a repulsa a seus métodos passa da casa dos 70%.
Diga “não” ao golpe! Por eleições limpas!
A ironia final é que os valentes que falam em prorrogar mandatos e suspender o pleito dizem querer eleições diretas para… reitor!!!
Que a democracia chegue à USP!
CADA ESTUDANTE HÁ DE VALER UM VOTO!