Por Gabriel Castro, na VEJA.com:O lobista Júlio Faerman, procurado sem sucesso pela CPI da Petrobras há semanas, enviou nesta quarta-feira um comunicado à comissão afirmando estar em território brasileiro e disponível para prestar depoimento.
O documento chegou apenas uma hora depois de a CPI ter aprovado requerimentos de convocação dos filhos e do sócio de Faerman, que intermediava o pagamento de propina a funcionários da Petrobras em nome da SBM Offshore. Ele também é apontado como o responsável por trazer 300 000 dólares do exterior para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff em 2010.
No comunicado que enviou à CPI, Faerman afirma estar no Rio de Janeiro desde 6 de março, após retornar de Londres. Ele alega nunca ter sido comunicado de que havia sido convocado a depor na CPI.
Nesta terça, o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB), havia pedido que a Polícia Federal e a Interpol passassem a procurar Faerman para que ele seja levado para depor na CPI. A suspeita era de que o lobista estivesse fora do Brasil. A ida dele à CPI se tornou mais importante depois do depoimento de Jonathan Taylor, ex-funcionário da SBM que confirmou nesta terça a atuação de Faerman como operador no esquema de pagamento de propina da Petrobras.