Vice-presidente do PT no RS ganha cargo em Secretaria de Reconstrução
Ana Affonso vai atuar na interlocução com mulheres afetadas pelas enchentes em maio
A vice-presidente do Partido dos Trabalhadores gaúcho, Ana Affonso, foi nomeada para atuar na Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. Ex-vereadora de São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre, Ana renunciou da Câmara Municipal e deu lugar ao suplente Claudimir Schutze (PT). A nomeação, assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada na quarta-feira, em edição extra do Diário Oficial da União.
Affonso assume a nova função na próxima segunda-feira, 29, e será subordinada à Secretaria-Executiva, comandada por Emanuel Hassen de Jesus, o Maneco. Ela vai atuar em políticas específicas às mulheres afetadas pelas enchentes e no primeiro dia de trabalho, pretende reunir deputadas, vereadores e mulheres que residem nos 95 municípios gaúchos em situação de calamidade devido às cheias para fazer um diagnóstico.
A ex-vereadora de São Leopoldo afirma que as mulheres encontram mais dificuldades no retorno às casas, muitas escolas não retomaram o funcionamento e o tema da saúde emocional e mental têm preocupado os gestores municipais. Agora, o objetivo é elaborar um plano de trabalho que possa dialogar com as prefeituras, os governos estadual e federal e a iniciativa privada.
“A minha tarefa será articular junto aos ministérios Lula, junto às secretarias do governo do Estado e junto às prefeituras, políticas que consigam ter o apoio das três esferas”, disse Ana ao Radar. “E acionar a iniciativa privada, é um outro eixo. Queremos, inclusive, fazer campanhas para mostrar para fora do estado, em nível nacional, a realidade das mulheres que foram afetadas, conquistar apoio e realizar ações de curto e médio prazo”, seguiu.
Criada por medida provisória, a Secretaria Extraordinária tem funcionamento garantido até o dia 15 de setembro. Depois deste prazo, a MP deve ser aprovada pelo Congresso para não ser extinta.
“Esse tema ainda não passou pelas nossas reuniões”, afirmou Maneco, o secretário-executivo da pasta. “Mas eu não acredito que o Congresso Nacional vá negar esse apoio ao Rio Grande do Sul. O nosso dia a dia é de muito trabalho e é uma necessidade. O momento permanece grave”.