Se fechar, de fato, a venda de direitos comerciais aos investidores da Liga Forte Futebol, como pode fazer ainda nesta quinta-feira, o Vasco colocará a assinatura em um acordo pelo qual receberá 1 milhão de reais a menos que ao Fluminense.
A venda dos direitos comerciais dos clubes no Campeonato Brasileiro por 50 anos renderia 213 milhões de reais ao tricolor e 212 milhões de reais ao cruzmaltino. A contrapartida para os investidores, Serengeti e LCP Capital, é receber 20% das receitas futuras pela duração do contrato.
A diferença de tratamento em relação ao rival é mais um motivo de divergência entre a 777 Partners, dona da SAF do Vasco, e a diretoria do clube. Na divisão de receitas, o Fluminense seria considerado mais importante que o time da colina — dono de torcida cerca de três vezes maior que a do tricolor carioca.
O Vasco estuda seguir os passos de Botafogo, Cruzeiro e Coritiba, que assinaram com Serengeti e LCP Capital e seus parceiros, LiveMode, Alvarez & Marsal e 1190 Sports — exatamente as mesmas empresas que negociam com a LFF –, sem, contudo, aderir à liga.
Além da rivalidade local, paira sobre o negócio um possível conflito de interesses. A 777 também é controladora da 1190 Sports, empresa que tem assessorado o Grupo União (Botafogo, Cruzeiro e Coritiba) e também a LFF na negociação da venda de direitos de transmissão.