A decisão do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, foi acatada pelo plenário do TSE, por unanimidade, e Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto, candidato a vice na tentativa de reeleição, também vão responder pela minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A Justiça Eleitoral negou o pedido da defesa do ex-presidente de retirada do documento em processo sobre conspiração contra as eleições. Na ação, Bolsonaro é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por atacar, sem provas, o sistema eleitoral em reunião com embaixadores em julho. A inclusão do documento golpista ao processo atende a pedido do PDT, mas é criticada pela defesa do ex-presidente.
Segundo os advogados, o documento é “apócrifo” e não foi encontrado nem com Bolsonaro, nem com Braga Netto. O entendimento é diferente do relator, ministro Benedito Gonçalves, que diz que o documento tem relação com o teor do discurso do ex-presidente.
“Que sejam admitidos no processo e considerados no julgamento elementos que se destinem a demonstrar desdobramentos dos fatos originariamente narrados, a gravidade qualitativa e quantitativa, da conduta que compõe (…) a responsabilidade dos investigados e de pessoas em seu em torno”, disse o ministro.