Parte da bancada mineira na Câmara estava articulando, com sucesso, a aprovação da chamada PEC da Bengalinha, que autoriza presidentes de Tribunais a concluírem seu mandato caso fizessem 70 anos durante o mandato.
A PEC beneficiaria o mineiro Carlos Alberto Reis de Paula, que acabou de tomar posse na presidência do TST, mas não completará dois anos no comando da Corte pois fará setenta anos em fevereiro que vem.
Até aí, tudo bem. Acontece que alguém se lembrou de outro possível beneficiado com a PEC. Ou melhor, outra: Eliana Calmon.
Devido aos problemas de saúde de Gilson Dipp existe a possibilidade de ele antecipar sua aposentadoria e não assumir a presidência da Corte no ano que vem, deixando a vaga para Calmon, que completaria os setenta anos durante o mandato.
Ao saberem do cálculo Calmon o grupo de deputados acabou desistindo da PEC da Bengalinha.