Servidores protestam contra mudanças na Embratur
Sobrou para Marx Beltrão e Vinicius Lummertz
Será uma de suas últimas missões à frente do Ministério do Turismo, mas Marx Beltrão está mesmo focado em transformar a Embratur em agência.
O presidente da entidade, Vinicius Lummertz, também é um ferrenho defensor do projeto que será votado na Câmara com esta finalidade.
O problema, entretanto, está dentro da própria estrutura da autarquia. Nesta semana, o Sindicato dos Servidores da Embratur soltou um e-mail para todos os que fazem ou fizeram parte da estrutura do Ministério do Turismo para bater na proposta de Beltrão e Lummertz.
Para os empregados, o problema por lá não é falta de dinheiro, mas o mau uso que se faz dele. O sindicato cita um evento para 210 convidados em Nova York em que se foram gastos entre passagens, diárias, organização e buffet mais de 600 mil reais.
“Alguém viu alguma campanha do Brasil no exterior, nos últimos tempos? Lógico que não, se estamos gastando dinheiro com ações irrelevantes, não sobram recursos para grandes campanhas publicitárias”, diz o e-mail.
“Não é um simples forasteiro, que acabou de chegar no setor de turismo, que irá manchar a página da História da Embratur com esse papo furado de que precisamos virar Agência”, diz a mensagem direcionada.
O modelo defendido por Beltrão e Lummertz é o mesmo adotado com o Sebrae e a Apex.
(ATUALIZAÇÃO: A Embratur entrou em contato com a coluna para informar que o evento em questão foi bancado em parte pelo Convention Bureau do Rio e trouxe retornos positivos para o Brasil. Além disso, a Embratur diz que não há dinheiro para grandes campanhas e hoje tudo é realizado por meios digitais. Como exemplo, a primeira campanha 100% digital da autarquia atingiu mais de 50 milhões de pessoas. Por fim, há empregados da Embratur que querem que a autarquia vire agência. Uma carta defendendo o PL, nos mesmos moldes da oposicionista, foi encaminhada para a Câmara).