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Senado rejeita indicado de Ernesto a Genebra por ‘grosseria’ em sabatina

Diplomata foi rejeitado para importante cargo em Genebra após movimento de última hora no plenário

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 dez 2020, 00h11 - Publicado em 15 dez 2020, 21h10
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  • Por 37 a 9, o plenário do Senado rejeitou a indicação do embaixador Fabio Mendes Marzano para delegado permanente do Brasil na ONU, em Genebra.

    Marzano é muito próximo ao chanceler Ernesto Araújo e cavou sua derrota ainda na noite de ontem, no final de sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores.

    No final da reunião, já com os senadores do colegiado tendo votado, Marzano se recusou a responder uma pergunta da senadora Kátia Abreu (PP-TO). E foi ríspido, segundo os senadores.

    A parlamentar nem fez uma pergunta provocativa. Queria saber qual posição do indicado do ministro sobre o futuro do acordo da União Europeia com o Mercosul, se a questão ambiental não pode ser uma barreira.

    Incomodado com o questionamento, Marzano disse que não iria responder porque a delegação em Genebra não discute o tema ambiental.

    “A delegação não se ocupa do acordo União Europeia. Tampouco é uma atribuição da minha secretaria”.

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    “Não aceito essa resposta”, retrucou a senadora.

    Integrante da Comissão de Relações Exteriores, Antonio Anastasia (PSD-MG), com a polidez peculiar, dirigiu-se a Marzano e perguntou se não iria responder mesmo.

    Com a cabeça, o diplomata respondeu que não.

    O dia passou. Hoje, na votação no plenário, a própria Katia Abreu foi surpreendida por comentários de colegas indignados com o ocorrido. Eles assistiram pela TV.

    Ela estava no cafezinho do Senado, com as colegas Leila Barros (PSB-DF) e Zenaide Maia (PROS-RN), quando chegam o Major Olimpio (PSL-SP) e Paulo Rocha (PT-PA).

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    “Vi o que o cara fez. Vamos derrubar esse cara! Vi na TV”, anunciou Major Olimpio, no tom alto de sempre.

    Minutos antes da votação, Olimpio discursou contra Marzano. Os colegas foram tomando ciência do ocorrido e olhavam para a senadora.

    E assim se deu a derrota do amigão de Ernesto Araújo.

    “Só não foi unanimidade porque os 9 votos a favor dele foram dados por senadores nos totens, estavam fora do plenário”, disse a senadora,

    “Quem tem amigo não morre pagão”, completou.

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