A oposição da Câmara não perdeu tempo e já esboçou um roteiro da Comissão Externa que vai buscar informações sobre o pagamento de propina pela holandesa SBM Offshore a funcionários da Petrobras. A proposta está nas mãos de Henrique Eduardo Alves, a quem cabe a palavra final.
Pela sugestão, dos cinco deputados que vão à Holanda acompanhar as investigações do Openbaar Ministerie, o MP holandês, três seriam da base aliada do Governo e dois da oposição.
Antes de embarcar para Amsterdã, o grupo, que não tem poder de CPI para quebrar sigilos e convocar testemunhas, buscaria auditorias, documentos e investigações por meio de audiências. O itinerário traçado no Brasil passaria pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU), o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) e a própria Petrobras.
Já nos Países Baixos, além do MP, a comissão ouviria o Parlamento e a SBM. Esperando dificuldades para acessar documentos e investigações junto aos órgãos holandeses, a oposição quer cooperação da Procuradoria Geral da República.