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Relatório da oposição na CPMI é ‘voto ideológico pró-golpe’, diz Jandira

Deputada diz que voto em separado ‘passou batido’ por bomba plantada em Brasília, ataque à PF e militares para atacar Lula, Dino e Gonçalves Dias

Por Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h33 - Publicado em 18 out 2023, 08h30
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  • Em paralelo ao relatório final da CPMI do 8 de Janeiro elaborado pela senadora Eliziane Gama, o bloco bolsonarista na comissão apresentou seu voto em separado, que não terá valor oficial. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), da linha de frente do governo Lula no colegiado, classificou o relatório paralelo como um “voto ideológico pró-golpe”.

    “O voto em separado deles passa batido pela tentativa de atentado a bomba em Brasília, pela tentativa de invadir a sede da PF, não cita nenhum militar, não cita o Mauro Cid, que é um réu confesso, e passa ao largo disso tudo pensando apenas em atacar Lula, Flávio Dino e o general Gonçalves Dias”, afirmou a parlamentar ao Radar.

    Jandira disse ainda que os bolsonaristas não investigaram “nada”, bateram palmas para depoentes que ela vê como “golpistas”, e levantaram-se, no plenário da CPMI, para aplaudir, como herói, o general Augusto Heleno, “que é da linha-dura da ditadura, da caserna mais odienta que existiu”.

    “É uma demonstração típica de que o dia 8 de janeiro não acabou”, afirmou a deputada do PCdoB.

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    Dona de boa interlocução com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, a parlamentar garantiu que os pedidos de indiciamento de militares de alta patente do Exército e da Marinha não causarão atrito na relação do governo Lula com as Forças Armadas. “Estão todos na reserva e todos participaram do governo Bolsonaro”, disse.

    Ela acredita que o conteúdo do relatório final da CPMI do 8 de Janeiro dará tração para uma PEC apresentada pela ex-deputada Perpétua Almeida, também do PCdoB, que proíbe militares da ativa de ocupar cargos civis na administração pública, obrigando-os a transferir-se para a reserva. “Não se podem politizar as Forças Armadas nem militarizar a política”, afirmou Jandira.

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