O repasse do fundão eleitoral do PT à campanha de Guilherme Boulos, em São Paulo, deve chegar perto dos 30 milhões de reais pedidos pelo PSOL. Será feito por meio da vice, a petista Marta Suplicy.
A executiva nacional do partido aprovou, neste mês, uma resolução que nega recursos a campanhas de outros partidos, mas abre uma brecha às chapas formadas com um vice petista. O repasse à Marta ainda tem o respaldo da cota exclusiva para candidaturas femininas. No entanto, a destinação de verbas para a capital paulista, que deve ser concretizada em agosto, será uma exceção.
Petistas à frente da coordenação nas eleições municipais decidiram que não vão mandar dinheiro do fundo eleitoral para qualquer chapa em que o partido tenha a vice. A única beneficiada será a dobradinha de Boulos com Marta, em São Paulo – cidade considerada estratégica para as pretensões nacionais do PT.
A mensagem para aliados que colocam petistas na vice à espera de um “cascalho” dos cofres do partido é clara: “Esqueça.”
O Partido dos Trabalhadores tem o segundo maior montante à disposição nessas eleições, 619,8 milhões de reais, perdendo apenas para o PL. O partido de Bolsonaro dispõe de 886,8 milhões de reais no fundo eleitoral.