O recuo do presidente em exercício, Michel Temer, quanto à extinção do Ministério da Cultura foi decidido no sábado de manhã, devido a uma série de pressões.
Conforme o Radar noticiou, até a manhã de sexta-feira Temer sustentava que resistiria aos protestos. Pesquisas usadas pela equipe de comunicação do Planalto para defender que ele mantivesse a decisão mostravam que a resistência à fusão da Cultura com a pasta da Educação seria restrita às redes sociais e à classe artística.
Mas a proliferação de protestos capitaneados por artistas na sexta e no sábado, em eventos como a Virada Cultural em São Paulo, levaram ao recuo.
Segundo auxiliares, Temer recebeu cobranças diretas também de familiares e amigos. Começou a haver ocupações de equipamentos federais em todo o país. Por fim, Temer recebeu informes de que um grupo de manifestantes planejava sair em passeata do Largo da Batata até sua casa no domingo.
“Houve a percepção de que o PT estava insuflando os artistas e ganhando espaço para atingi-lo. Ele decidiu ceder para evitar agravamento e prolongamento da crise da cultura”, explica um palaciano.