O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), tenta desde a segunda passada desfazer um constrangimento com a gestão de seu aliado Jair Bolsonaro (PL), que indicou que o Estado poderá não ser aceito no novo regime de recuperação fiscal. Nele, o governo federal dá um alívio na cobrança de dívidas com o ente federativo em troca de compromissos com o controle de gastos.
Segundo Castro, o Rio cumpre os pré-requisitos para adesão ao programa. Já os técnicos do Ministério da Economia dizem em relatórios recentes que promessas de reajustes salariais ao funcionalismo estadual podem comprometer o equilíbrio fiscal.
Independentemente da celeuma com seu principal aliado, Castro segue em seu plano de irrigar a capital e o interior com recursos da venda da Cedae, principalmente para a realização de obras.
Nesta terça, a gestão do governador anuncia um programa para bancar projetos de infraestrutura de pequeno e médio porte ligados ao setor de turismo no interior do Estado. Segundo o Radar apurou, o programa batizado de Turismo Presente destinará pelo menos 100 milhões de reais para obras.
Cada cidade poderá apresentar propostas no limite de 2,5 milhões de reais cada projeto. Os municípios submetem suas ideias e, em caso de aprovação, os projetos são bancados com recursos da secretaria de Cidades do RJ.
Neste momento, estão prontos protocolos de intenção de quatro projetos: a construção de um píer turístico em Araruama; a revitalização de uma praça em Barra do Piraí; a construção de dois decks em Quatis; e a revitalização e sinalização do acesso à cidade de Vassouras, pela RJ-121.
Ainda nesta semana, Castro fará uma visita ao ministro Paulo Guedes para aparar arestas e tentar fazer com que o Rio seja mantido no programa federal de alívio nas contas públicas.