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PF deflagra operação contra coiotes brasileiros que levam pessoas aos EUA

Esquema montado a partir de Rondônia transporta migrantes ao território americano por meio da fronteira com o México

Por Lucas Vettorazzo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 fev 2023, 11h05 - Publicado em 13 fev 2023, 11h04
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  • A PF deflagrou nesta segunda-feira uma operação para combater uma quadrilha de coiotes brasileiros que atua no envio ilegal de pessoas para os EUA.

    Por meio de um esquema montado em Rondônia, os brasileiros são transportados até a fronteira México, onde são atravessados aos país norte americano.

    A chamada Operação Yankee contou com colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna dos EUA e da embaixada americana em Brasília. Estão sendo apurados os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e contrabando de migrantes.

    A PF monitora suspeitos donos de uma empresa de turismo em Rondônia que organiza a parte logística, com emissão de passaportes, compra de passagens aéreas e auxílios nos voos com destino ao México. Do país latino, os migrantes ilegais atravessam a pé para os EUA.

    As investigações começaram depois que em setembro de 2021 uma brasileira de 49 anos de idade, residente de Rondônia, morreu na travessia para os EUA depois de ter sido abandonada no deserto pelos coiotes. Em dezembro do mesmo ano, uma outra brasileira foi resgatada após ter sido roubada e abusada sexualmente pelos contrabandistas.

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    Com autorização judicial, a Polícia Federal conseguiu derrubar o sigilo dos investigados. Foi identificada uma movimentação atípica nas contas bancárias dos envolvidos no valor de 16,5 milhões de reais, entre 2017 e 2021.

    Ao todo estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Rondônia, Amazonas, Tocantins e Goiás, além de cinco mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão domiciliar. A Justiça autorizou o bloqueio de 8 milhões de reais dos investigados.

    Foram identificadas 444 vítimas do grupo, entre 2019 e 2022. Os suspeitos presos nesta segunda vão responder na Justiça Federal pelos crimes de organização criminosa, contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, podem ultrapassar 23 anos de reclusão.

     

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