Depois de ser filmado dando um tapa na cara do deputado bolsonarista Messias Donato (Republicanos-ES) no plenário na Câmara, durante promulgação da PEC da reforma tributária na tarde desta quarta-feira, o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) divulgou uma nota sobre o “incidente ocorrido” na qual afirma que sua “reação foi desencadeada por uma agressão anterior” — situação que o vídeo não mostra.
“O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Fui então empurrado, e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultra direita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, afirmou Quaquá, que é vice-presidente nacional do PT.
Uma gravação feita pela deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) [veja abaixo] mostra que parlamentares de oposição gritavam “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” quando Quaquá, visivelmente irritado, se aproximou do grupo com o celular na mão e disse que iria representar contra eles na Comissão de Ética.
https://twitter.com/MessiasDonato/status/1737555522579308913
Depois de ser questionado se “genocida podia” — referência aos ataques contra o ex-presidente Jair Bolsonaro — o petista se dirigiu a um deles com um xingamento homofóbico: “tu é viadinho”.
Donato então tocou no braço do petista pedindo que ele saísse dali e levou um forte tapa na cara. Revoltados, parlamentares da oposição alertaram o presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a agressão.