O caso brutal do assassinado do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, espancado até a morte em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, só chamou a atenção da ministra dos Direitos Humanos Damares Alves na terça-feira, dois dias depois da ampla repercussão do fato e oito dias depois do assassinato do jovem que vivia no Brasil desde 2011 fugido da guerra civil na República Democrática do Congo.
Nesta quarta, o ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos divulgou que enviou ofício ao comando da Polícia Civil do Rio e à Delegacia de Homicídios da capital pedindo esclarecimentos sobre os fatos e dizendo que a partir de agora irá acompanhar as apurações diariamente.
O objetivo seria o de “garantir assim o resguardo dos direitos humanos, bem como ofertar à família da vítima e à sociedade brasileira uma resposta imediata que não aponte para a impunidade dos violadores que vitimaram o jovem”.
Segundo a pasta, o secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Esequiel Roque, viajará ao Rio na próxima semana para acompanhar o caso.
A família do congolês e grupos da sociedade civil agendaram uma manifestação para às 10h deste sábado em frente ao local do crime, no posto 8 da orla da Barra da Tijuca.