Lula reconheceu, durante entrevista ao Jornal Nacional na noite desta quinta-feira, que o agronegócio apoia em peso Jair Bolsonaro. Ele disse setores do agro se opõem à sua candidatura por causa da “nossa luta contra o desmatamento”.
O petista afirmou ser contra o plantio de soja e milho e a produção de gado na Amazônia e disse que a região precisa ser explorada cientificamente por conta de sua biodiversidade. Segundo o ex-presidente, é o segmento mais reacionário do agro que estaria avançando sobre áreas protegidas e que empresários sérios do setor, que exportam parte da sua produção, não querem desmatar.
Lula chegou a chamar setores do agro de “fascista e direitista” quando foi questionado pela apresentadora Renata Vasconcellos se ele colocava a produção agrícola e a preservação do meio ambiente em polos opostos.
“O agronegócio que é fascista e direitista [se opõe ao meio ambiente]. Porque os empresários sérios do agronegócio, que têm comércio no exterior, que exportam para a Europa e para a China, esses não querem desmatar. Esses querem preservar os nossos rios, as nossas águas, preservar a nossa fauna. Mas você tem um monte que quer”, disse.