Parecer da PGR pela soltura de Filipe Martins completa duas semanas
Ex-assessor de Jair Bolsonaro é suspeito de ter elaborado documento com embasamento jurídico para golpe de Estado
O parecer favorável ao fim da prisão preventiva do ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, completa duas semanas. O documento foi assinado em 1º de março pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Ao contrário de outros suspeitos de envolvimento na trama golpista, Martins está preso porque teria saído do país com a comitiva de Bolsonaro que foi aos Estados Unidos às vésperas da posse de Lula.
A PGR, porém, manifestou que os argumentos da defesa de Martins foram suficientes para mostrar que o ex-assessor de Bolsonaro não estava no avião com o ex-presidente e não viajou a Orlando, apesar de ter sugerido a retenção do passaporte do acusado como medida cautelar.
A decisão pela soltura está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os advogados de Martins dizem aguardar “confiantes” a manifestação do magistrado.
“Em razão dos argumentos e elementos fático-jurídicos que trouxemos ao requerer a revogação da prisão preventiva, a Procuradoria-Geral da República, em acertada manifestação, foi favorável à colocação de Filipe Martins em liberdade”, dizem João Vinícius Manssur, William Iliadis Janssen e Ricardo Scheiffer, em nota.
No inquérito que fundamentou a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, Flipe Martins aparece como um dos integrantes do grupo responsável por embasar juridicamente a tentativa de golpe. O ex-assessor de Bolsonaro foi preso no dia 8 de fevereiro deste ano.