O Conselho Pleno da OAB reconheceu Esperança Garcia, uma mulher negra escravizada do século 18, como a primeira advogada brasileira. Em 1770, Esperança escreveu uma petição ao governador da Capitania do Piauí denunciando as situações de violências pelas quais crianças e mulheres passavam e pedia providências.
O reconhecimento foi aprovado em reunião na sexta-feira passada. O presidente da OAB, Beto Simonetti, anunciou a instalação de um busto da advogada na sede do Conselho Federal da Ordem, em Brasília.
“Mulher negra e escravizada peticionou ao governador da capitania do Piauí, com o pouco conhecimento que tinha das letras da lei, para denunciar as violências pelas quais ela, suas companheiras e seus filhos passavam. A decisão é absolutamente oportuna, especialmente pela simbologia do mês de novembro, em que se comemora no dia 20 o Dia da Consciência Negra”, disse Simonetti.
Em 2017, Esperança Garcia já havia sido reconhecida pela seccional da OAB do Piauí como a primeira advogada piauiense.