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O resultado das auditorias internas da Oi sobre falcatruas com Lulinha

Lava-Jato mostrou como a Gamecorp, uma empresa de amadores, sem funcionários nem reputação de mercado, faturou milhões de reais na tele

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 Maio 2020, 12h14 - Publicado em 9 Maio 2020, 12h35
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  • Na mira da Lava-Jato por causa da mesada milionária paga a Lulinha e sua Gamecorp durante os governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, a Oi fez duas auditorias internas para mapear falcatruas e — surpresa! — nenhuma “ilegalidade” foi encontrada.

    A Lava-Jato em Curitiba, até onde lhe foi permitido investigar o caso — agora em São Paulo –, descobriu que a história tinha de tudo, menos ausência de “indicativos de ilegalidade”.

    Em dezembro, a operação divulgou 168 páginas de falcatruas envolvendo velhos conhecidos de um dos episódios mais rumorosos do governo Lula: o milagre da conversão de Lulinha em empresário de sucesso. Em um resumo simples, o papelório da Operação Mapa da Mina mostrou como a Gamecorp de Lulinha e dois amigos, Jonas Suassuna e Kalil Bittar, uma empresa de amadores, sem funcionários nem reputação de mercado, passou a faturar milhões de reais da noite para o dia junto a tubarões do setor de telefonia como a Oi — a história foi revelada por VEJA na célebre capa do “Ronaldinho”.

    Foram os contratos milionários de Lulinha, Suassuna e Bittar com a tele que, segundo a Lava-Jato, bancaram o recanto de Lula nas montanhas de Atibaia, revelado por VEJA em 2015. O raciocínio para sustentar essa acusação é simples: a Oi, uma multinacional com interesses no governo Lula, pagou 132 milhões de reais em propinas a Lulinha e seus sócios. O dinheiro supostamente sujo era depositado na mesma conta bancária de onde saiu o dinheiro para a compra do sítio em Atibaia. Como VEJA revelou, Suassuna e Fernando Bittar, irmão de Kalil, são os donos formais da propriedade, comprada por 1,5 milhão de reais.

    O pacote de evidências foi acompanhado por 146 anexos. São extratos de depósitos bancários, e-mails, mensagens de celular, depoimentos, contratos empresariais… Reunida em ordem cronológica, a papelada fornece um poderoso cenário sobre movimentações financeiras de Lulinha e sua turma com grandes empresas. O cheiro de que há, de fato, algo muito podre na história está presente.

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