Surfando na popularidade conquistada pela Operação Lava-Jato entre o eleitorado paulista, Rosângela Moro vai tentar se eleger deputada federal neste ano se equilibrando no universo hostil de eleitores petistas e bolsonaristas que rejeitam seu marido, o candidato ao Senado pelo Paraná Sergio Moro.
Rosângela consegue atrair críticas de bolsonaristas raiz e dos eleitores de Lula também. Em suas redes sociais não é raro ver comentários misóginos e preconceituosos contra ela. Defensora da Lava-Jato, ela se posiciona como centro direita, mas reforça que não faz parte do radicalismo de lado algum e que nem vai entrar em disputa para defender quem quer que seja.
Sobre as críticas que recebe da turma de Lula, ela diz que “o PT precisa primeiro se limpar das manchas da corrupção antes de pensar na minha candidatura”. Já ao bolsonarismo ela tem dito que o presidente é o verdadeiro traidor da Lava-Jato: “Quem bateu no peito e disse ter acabado com a Lava Jato não fui eu. Quem escolheu Lula como adversário não fui eu. A Lava Jato é o combate à corrupção foram traídos. E não foi por mim”.
Para sair dessa conversa, no entanto, ela elegeu três bandeiras para sua campanha: o combate à corrupção, a valorização das mulheres na sociedade e a proteção de pessoas com deficiência e doenças raras. O problema está na primeira pauta.