No final do mês que vem, o ministro dos Transportes, Renan Filho, irá à Leipzig, na Alemanha, participar da cúpula anual do Fórum Internacional de Transportes (ITF, na sigla em inglês), e vai oficializar a pretensão brasileira de aderir ao organismo como membro pleno. Hoje, o Brasil tem status de mero “observador”.
O chefe da pasta quer atrair capital estrangeiro para PPPs e as novas rodadas de concessões no segundo semestre deste ano e avalia que é necessário buscar mais protagonismo internacional no setor de infraestrutura de transportes.
O ITF tem atualmente 64 países membros e atua de forma integrada com a OCDE. Da América Latina, apenas Argentina, Chile, Colômbia e México integram o fórum, que atua como um think tank para questões relacionadas a políticas do setor.
Na semana passada, o ministro se reuniu com o secretário-geral do ITF, Young Tae Kim, na Argentina, durante o Segundo Diálogo Regional de Alto Nível sobre Transporte na América Latina e no Caribe — no qual Renan Filho propôs um plano em comum para a integração logística dos países do continente.
A proposta prevê a parceria com organismos multilaterais e agências de cooperação internacional para coordenar e financiar os estudos. Uma das ideias seria a criação de um fundo de financiamento internacional, liderado por Brasil e Argentina, para gerir projetos de infraestrutura de transportes, que poderia viabilizar um corredor rodoviário ligando os oceanos Atlântico e Pacífico.
No país, a pasta planeja executar o orçamento de 20 bilhões de reais para 2023, sem deixar restos a pagar para o ano que vem.