Durante um discurso no começo da tarde desta terça-feira para empresários da indústria brasileira, o presidente Jair Bolsonaro deixou escapar críticas a escândalos de corrupção do passado sem mencionar que eles ocorreram sob o comando de integrantes do seu atual partido, o PL.
O presidente elogiava o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, quando disse que a pasta — antes Ministério dos Transportes, tradicional feudo do PR, antigo nome da legenda de Valdemar Costa Neto — só rendia “dissabores”.
“E hoje está à frente de um ministério que, outrora, só nos dava dissabores, só tínhamos corrupção, ineficiência, e hoje mudou. Mas por que? Além da minha liberdade [de escolher o ministério], eu dei liberdade pra ele escolher quem fosse acompanhar nessa empreitada”, declarou Bolsonaro.
Ele continuou no tema se referindo ao próprio poder de veto em nomeações de ministérios:
“E eu não tenho como ter conhecimento do que acontece em cada ministério, mas é comum eu sempre colaborar, ligar pra eles a qualquer hora do dia, trocar ideia, dar sugestões, e também dizer que tem liberdade, mas eu tenho poder de veto. Quando aparece um nome esquisito, eu ligo pro ministro e digo: ‘olha, esse cara não pode fazer parte do nosso time, olha a vida pregressa dele, não podemos voltar ao que era antes no nosso país'”, afirmou o presidente.