Durante todo o governo Bolsonaro, nenhuma munição vendida nos estados de São Paulo e Minas Gerais foi informada corretamente pelas lojas ao Exército. A informação foi repassada pela própria instituição ao TCU, que faz processo de auditoria sobre o sistema de controle de armas e munições do país.
Isso quer dizer que o governo tem dados incompletos sobre quantas balas circulam pelo país e quem está atirando com elas.
Até junho deste ano, toda loja de armas e munições era obrigada a prestar contas mensalmente. São os chamados “mapas de vendas”.
Mas, segundo a instituição, o fato de estar há anos sem receber qualquer mapa de vendas em São Paulo e Minas “não significa que o Exército não tenha informações completas sobre o controle de munições comercializadas, nos estabelecimentos autorizados”.
“O comércio varejista de munições tem a obrigação legal de registrar todas as vendas no Sistema de Controle e Venda de Munições (SICOVEM), por meio do qual o Exército tem acesso a todos os dados necessários para o controle de venda de munições em âmbito nacional”, afirmou a força armada em nota.