Os militares presos que são alvo de operação da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira tinham informações do esquema de logística e segurança do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e de outras autoridades para a diplomação de Lula e Geraldo Alckmin, em 12 de dezembro de 2022.
A investigação da PF mostrou que, dois dias antes da cerimônia, o coronel do Exército Marcelo Câmara enviou as seguintes mensagens para o tenente-coronel Mauro Cid: “Estarão na portaria. Trecho 5 será do presidente. Rota verde com desembarque exclusivo da comitiva do diplomado, que será no subsolo. Cancelo central interno destinado a veículo oficial. Percurso rosa aos demais convidados”.
Ambos foram ajudantes de ordens de Jair Bolsonaro.
Para os investigadores, as mensagens evidenciam que os militares estavam “monitorando” o trajeto de Moraes para a diplomação. A pouco mais de uma hora do evento, Câmara e Cid voltaram a se comunicar. Às 12h58 de 12 de dezembro de 2022, Cid escreveu: “Nada”. Oito minutos depois, Câmara respondeu: “Ainda não”. Às 13h08, o coronel volta a escrever para Cid: “O cara está assustado”.