Em parecer protocolado às 22h05 desta quinta-feira, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná se manifestou para que o TRE-PR reconheça a prática de abuso do poder econômico e casse a chapa do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), eleita em 2022 para um mandato de oito anos.
Ao final das 78 páginas do relatório, o Ministério Público pediu ainda que Moro e seu primeiro suplente sejam declarados inelegíveis — poupando o segundo suplente, Ricardo Guerra.
A ação foi aberta a pedido do PL e da federação do PT, PV e PCdoB. Os partidos acusam Moro de abuso de poder econômico, caixa dois e uso indevido dos meios de comunicação por supostamente ter obtido vantagem ilícita nas eleições ao se candidatar ao Senado pelo União Brasil, após ter contado com altos investimentos financeiros do Podemos em sua pré-campanha à Presidência da República.
Em nota, a defesa de Moro se manifestou contra o relatório e os partidos:
“Respeito, mas discordo do parecer, na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais (segurança, para não ser assassinado pelo PCC) como despesas pré-eleitorais. A boa notícia é que dos 20 milhões inventados pelo PT; e os 6 milhões criados pelo Podemos, já reduzimos para 2 milhões. Seguiremos baixando ainda mais a conta no trabalho de convencimento dos juízes do TRE. A improcedência acontecerá.”
Leia a seguir, na íntegra, o parecer assinado pelo procurador regional eleitoral, Marcelo Godoy, e pela procuradora regional eleitoral substituta, Eloisa Helena Machado: