Depois de a Justiça suspender seu perfil no Instagram e seu horário eleitoral gratuito na rádio e na TV por 24 horas, o candidato do MDB à prefeitura de Maceió, Rafael Brito, disse que João Henrique Caldas, o JHC, em busca da reeleição pelo PL, “apelou para a censura”.
Apoiado pelo governador Paulo Dantas e pelos Calheiros, Brito tenta levar a disputa na capital de Alagoas para o segundo turno. JHC, aliado de Arthur Lira (PP), é favorito a conquistar um novo mandato.
Ao ordenar as suspensões, o desembargador eleitoral Guilherme Masaiti Hirata Yendo acolheu o argumento do atual prefeito de que Brito teria descumprido decisão anterior que o multava e proibia de reproduzir novamente uma “insinuação caluniosa de superfaturamento” sobre o custo de 266 milhões de reais do Hospital da Cidade de Maceió.
Inicialmente, Yendo havia suspendido o perfil do emedebista no Instagram até as 23h do próximo domingo, data do primeiro turno das eleições municipais e o horário eleitoral gratuito em rádio e TV apenas nesta segunda-feira.
Depois de a coligação de Rafael Brito apresentar recurso, o desembargador eleitoral reduziu a suspensão no Instagram para um período de 24h. Às 12h40 desta segunda, o perfil do emedebista continua fora do ar na plataforma.
No vídeo contestado por JHC, seu adversário afirmava que o prefeito havia gastado “266 milhões em um único hospital que nem funciona direito”. E completava: “Só a metade desse dinheiro dava para construir 40 policlínicas por toda a cidade e atender todo mundo de verdade.”
Sobre as decisões, Brito disse que “pedir que a justiça retire nossas redes ataca a liberdade de expressão”.