O vexaminoso tuíte de Jair Bolsonaro sobre o carnaval já repercute na imprensa internacional.
O “New York Times” começa seu artigo dizendo que o artigo sobre o presidente da quarta maior democracia do mundo “contém um vídeo com forte conteúdo sexual” e que o jornal “fez o possível para mantê-lo digno”.
De acordo com o “Times“, o carnaval brasileiro tem uma “abundância de trajes sexualmente sugestivos e não faltam demonstrações públicas de afeto. Mas as cenas destacadas por Bolsonaro seriam tratadas como aberração caso acontecessem nos blocos de rua”.
O jornal americano prossegue.
“O que isso tudo nos diz sobre a era Bolsonaro? Para começar, fica evidente que Bolsonaro é tão impulsivo nas redes sociais como presidente quanto foi como candidato. Assessores e aliados vêm expressando, continuamente, desconforto com presidente, que continua a conduzir o país através do WhatsApp”.
Já o britânico “Independent” vê no tuíte de Bolsonaro uma tentativa de desacreditar os protestos que ele sofreu durante o Carnaval.
“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, postou um vídeo sexualmente explícito no Twitter em uma aparente tentativa de desacreditar o Carnaval de São Paulo, um festival anual de rua da cidade, que contou com protestos contra sua agenda de extrema-direita”, escreveu a publicação (veja abaixo).
O “The Guardian“, por sua vez, diz que Bolsonaro foi ridicularizado em seu próprio país pela postagem.
“O presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, provocou indignação, nojo e ridicularização depois de tuitar um vídeo pornográfico em uma aparente tentativa de revidar as críticas de seu governo durante o carnaval deste ano”, escreveu o “Guardian”.
A publicação destaca ainda que um bloco de Carnaval realizado na frente da casa de Bolsonaro, na orla da Barra da Tijuca, no Rio, denunciou as supostas ligações da família de Flávio Bolsonaro com as milícias.