O governo do Rio já está de posse de um ofício da ministra Damares Alves solicitando a inclusão do nome do ex-governador Wilson Witzel e sua família no programa estadual de proteção a testemunhas.
O ofício enviado pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos chegou ontem à secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do estado.
Fontes confirmaram ao Radar que o documento já se encontra na secretaria e que técnicos estão avaliando os critérios para a concessão da proteção. Procurada, a secretaria informou na noite desta quarta-feira, 7, que o pedido será analisado em reunião do conselho deliberativo do programa de proteção do estado.
Em meados de junho, Witzel esteve na CPI da Pandemia e disse que teria denúncias a fazer sobre a gestão da saúde no Rio que poderiam implicar o presidente Jair Bolsonaro e sua família.
O ex-governador, contudo, não revelou os supostos esquemas e disse que em uma sessão secreta da CPI e sob proteção policial poderia explicar toda a história. A CPI ainda não marcou seu novo depoimento. No início desta semana, a comissão chegou a prever o testemunho do político para esta sexta, mas o agendamento não se concretizou.
O presidente da CPI, Omar Aziz, pediu à pasta da Damares que Witzel fosse incluído no programa de proteção federal, mas o ministério remeteu o pedido ao programa estadual de testemunhas.